Enquanto o IFIX amarga uma desvalorização de 2,46% em 2024, o fundo Hotel Maxinvest FII (HTMX11) se destaca na indústria de fundos imobiliários ao distribuir o maior valor de proventos aos seus cotistas no acumulado do ano. Segundo dados da Economatica, a pedido do E-Investidor, o FII distribuiu R$ 20,5 por cota aos investidores durante os intervalos do dia 1º de janeiro a 7 de outubro deste ano. O volume representa a maior distribuição entre os fundos listados no IFIX. Além dos proventos elevados, o HTMX11 acumula uma valorização na bolsa de valores de 11,8% no acumulado de 2024.
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O rendimento do fundo imobiliário que mais pagou dividendos, e que investe em 21 hotéis distribuídos nas principais regiões de São Paulo, tem relação ao ciclo de desinvestimento de parte do seu portfólio. Em setembro, o HTMX11 informou em relatório gerencial a venda de quatro unidades hoteleiras, o que ajudou na distribuição de R$ 2,13 por cota em dividendos. Os valores acima da média do mercado e um desempenho das cotas auperior ao do IFIX atraíram novos investidores. Ainda de acordo com o HTMX11, nos últimos 12 meses, o número de cotistas saiu de 27,8 mil para 35,4 mil. Ou seja, um crescimento de 27,3%.
No entanto, vale ressaltar que, antes de realizar qualquer modificação na carteira, os investidores precisam avaliar a previsibilidade dos rendimentos dos fundos para os próximos meses, especialmente agora em que o mercado vivencia um ciclo de aperto monetário. A nova dinâmica econômica, que teve início em setembro quando o Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa Selic para 10,75%, costuma favorecer os fundos imobiliários voltados para o crédito privado.
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Ou seja, aqueles fundos que investem nos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Já os fundos de tijolo que investem em imóveis físicos para a geração de renda tendem a ter dificuldades para entregar bons resultados ou não conseguem um desempenho similar aos FIIs de CRIs. Por essa razão, o investidor precisa ser cauteloso ao incluir novos fundos no portfólio.
“Nossa preferência continua entre os FIIs com diversificação de ativos (CRIs ou Imóveis) em regiões consolidadas, boas garantias, pouco alavancados e com contratos que protegem o cotista de um cenário inflacionário”, orienta André Oliveira, analista do BB Investimentos. Veja os fundos imobiliários mais recomendados nesta reportagem.