O IFIX, índice que reúne os fundos imobiliários mais negocidos da B3, ainda não teve forças para reverter o desempenho negativo registrado em setembro, quando apresentou uma desvalorização de 2,58% no acumulado mensal. Em outubro, o índice acumula uma depreciação de 1% nos primeiros três dias do mês com os investidores ainda voltados para os ativos de renda fixa em meio à escalada do risco fiscal do País.
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Apesar do período desfavorável para a classe de ativos, o fundo imobiliário Suno Energia Limpas (SNEL11) acumula ganhos de 22% em 2024. A valorização representa o melhor desempenho anual do IFIX. Já em outubro, as cotas subiram 1,20%. A performance tem relação com a estratégia do fundo imobiliário que é voltada para o desenvolvimento de projetos de energia limpa e renovável nos estados do Ceará, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais.
“Esses projetos têm um retorno alto e um risco baixo. Assim, em termos iniciais, esse tipo de empreendimento consegue entregar uma rentabilidade de IPCA+20%. Então, é um fundo com risco-retorno muito favorável”, afirmou Jacinto Santos, analista CNPI de fundos Imobiliários da CM Capital.
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Por outro lado, os projetos ainda não foram capazes de distribuir dividendos elevados aos cotistas. Em setembro, o fundo distribuiu apenas R$ 0,10 por cota, mas possui um dividend yield de 12% no acumulado de um ano. Atualmente, o SNEL11 possui oitos projetos voltados para a produção de energia solar que respondem por 36% da carteira do fundo.
No entanto, há a previsão de o portfólio aumentar para 11 ativos com a conclusão de outros três unidades fotovoltaicas que devem ser entregues até o fim do ano. Além desses ativos, o fundo também investe metade dos seus recursos no CRI Portfólio Solar.