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- O percentual de investidores que consideravam as ações como a melhor classe de ativos caiu para 35% em agosto, contra 70% em julho
- Na contramão, ganham destaque os títulos locais de dívida, que saltaram de 10% em julho, para 25% em agosto
- Os investidores também estão mais pessimistas com a Bolsa. Os que enxergavam o Ibovespa terminar 2021 acima de 130 mil pontos caiu para 49% em agosto, contra 78% no mês passado
A volatilidade do cenário global e os ruídos fiscais e políticos no Brasil não tem gerado confiança nos investidores, que estão mais pessimistas com a Bolsa e cautelosos com a o aporte em ações, é o que revela a pesquisa LatAm Fund Manager Survey, do Bank of America (BofA).
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Segundo a pesquisa, o percentual de investidores que consideravam as ações como a melhor classe de ativos caiu para 35% em agosto, contra 70% em julho. A confiança nas ações versus outras classes de ativos é a mais baixa desde o início da pesquisa, em março de 2018. Além disso, apenas 26% esperam ampliar seus aportes em ações, percentual também inferior à média histórica de 35%.
Na contramão, ganham destaque os títulos locais de dívida, que saltaram de 10% em julho, para 25% em agosto.
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Os investidores também estão mais pessimistas com a Bolsa. Os que enxergavam o Ibovespa terminar 2021 acima de 130 mil pontos caiu para 49% em agosto, contra 78% no mês passado. Apenas 10% dos investidores veem o Ibovespa atingir 140 mil pontos, contra 22% no mês passado. Nesta terça-feira (17), o Ibovespa fechou em queda de 1,07%, no patamar de 117 mil pontos. Na manhã desta quarta-feira (18), o Ibovespa chegou a recuar abaixo de 117 mil pontos.
A expectativa de um Real mais forte também caiu. Agora, apenas 45% dos entrevistados estão confiantes na valorização da moeda, contra 66% no mês passado. O aumento da taxa de juros também é esperado por mais da metade dos investidores, cerca de 58% esperam a Selic em 7,50% no fim do ano. No entanto, na avaliação dos investidores, a Selic acima ou igual a 8,50% pode reduzir o fluxo para o mercado acionário.
Entre os principais riscos para os ativos latino-americanos apontados no estudo estão a política do Fed, as preocupações com a China e o aumento do preço das commodities. As eleições no Brasil também foram citadas pelos entrevistados como um potencial risco. A pesquisa LatAm Fund Manager Survey ouviu 31 investidores com aproximadamente US$ 89 bilhões em ativos sob gestão.