- Embora seja a mais popular entre os brasileiros, a poupança é um investimento seguro, mas que nem sempre oferece uma rentabilidade desejável
- No mercado financeiro, há opções de ativos que oferecem um bom rendimento e são seguros tão quanto a caderneta de poupança
- Tesouro Direto é mais indicado, na avaliação de especialistas. O investimento mínimo é de R$ 30 e há várias modalidades que podem ser escolhidas na hora de investir
(Por Carlos Pegurski/Especial para o E-Investidor) Historicamente, a caderneta de poupança é a forma mais popular de investimento dos brasileiros. Apesar de segura, algumas especificidades de seu funcionamento fazem que ela não seja o investimento mais rentável.
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A boa notícia é que optar por outros ativos não significa abrir mão da segurança. Um exemplo disso é o Tesouro Direto, considerado o carro-chefe entre os ativos mais estáveis.
Quer conhecer mais sobre ele e saber por que ele está na lista de investimentos seguros e rentáveis? Então, atenção: esse é o papel que não pode faltar na carteira do investidor que deseja uma aplicação segura.
Por que o Tesouro é melhor do que a poupança?
O cálculo de rendimento da poupança está atrelado à taxa básica de juros (Selic). Esse índice está fixado em 5,25%, mas se recupera de uma série histórica em queda, que bateu o recorde de baixa em 2020 (2%). Além disso, a alta da inflação fez com que o dinheiro investido em poupanças perdesse poder de compra.
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Nesse cenário, muitos investidores vêm migrando para a aplicação no Tesouro Direto, que apresenta baixíssimo risco e algumas possibilidades diferentes de investimento. O Tesouro Direto foi criado em 2002 e é uma forma que o Tesouro Nacional disponibilizou para que pessoas físicas possam comprar títulos públicos federais.
Investir no Tesouro Direto é como emprestar o dinheiro para a União, sendo muito improvável que o Estado não pague ou venha a falir. Aliás, se isso acontecer, os outros modos de investimento também entrariam em crise.
O Tesouro é seguro e rentável?
O Tesouro Direto não deixa a desejar em nenhum dos pilares do mundo dos investimentos, que são: rentabilidade, liquidez e risco.
A rentabilidade é o lucro sobre o seu investimento inicial, a liquidez é a velocidade que você pode resgatar o dinheiro investido e o risco é a chance de seu retorno ser menor que o esperado ou até de haver perda de parte do investimento. Nesse tripé, sempre que a perspectiva de rentabilidade aumenta, o risco também sobe.
O mínimo para investir no Tesouro Direto é de um pouco mais de R$ 30, e há várias modalidades que podem ser escolhidas na hora de investir. No momento da compra, o título já indica a data de vencimento e a previsão do valor devolvido.
Caso seja necessário retirar o dinheiro antes da data do vencimento (algo que não é recomendado), pode-se revender o título ao governo. Nesse caso, o vendedor recebe apenas o preço do papel no dia sem juros proporcionais — a depender do valor no momento da venda, pode-se até perder dinheiro.
Quais são as principais modalidades do Tesouro Direto?
1 – Tesouro prefixado
O investimento tem uma taxa de juros fixa, e com isso já se sabe quanto o seu dinheiro vai render.
2 – Tesouro Selic
O rendimento é variável porque é atrelado à Selic e, como rende todo dia, é uma boa opção para reservas de emergência, pois tende a perder menos na retirada, se esta for necessária.
3 – Tesouro IPCA
A taxa de juros é composta junto do IPCA e, portanto, varia conforme a inflação. Pode-se também escolher a modalidade com juros semestrais, opção na qual você recebe a cada seis meses os juros do seu investimento e pode resgatá-los ou reinvesti-los.
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Com regras bem-definidas e alta previsibilidade, esse tipo de investimento tem atraído novos investidores e até tem feito investidores de perfis diferentes retornarem ao Tesouro Direto.
Existem outros investimentos seguros e rentáveis?
No mercado financeiro, costuma-se dividir os investidores em três tipos de acordo com o seu perfil: conservador, moderado ou agressivo.
O conservador aceita lucros mais baixos diante de uma segurança maior. O moderado é aquele que costuma diversificar os seus fundos: pode ter uma parte em renda fixa e procurar ações que possam render mais. O agressivo, ao contrário, investe em aplicações de risco e retorno maiores.
Por isso, se o seu perfil é conservador, não há como ignorar a importância do Tesouro Direto; mas, se o seu desejo for diversificar sua carteira, vale a pena ficar de olho nos investimentos a seguir.
CDBs
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancários) funcionam como o Tesouro Direto, mas, em vez de emprestar dinheiro ao governo, empresta-se a instituições financeiras.
Apesar do risco ser maior (o banco pode falir), ainda é considerado um investimento conservador, uma vez que é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$ 250 mil reais por CPF em caso de falência.
LCIs e LCAs
As Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio são um empréstimo para investimento em cada uma dessas áreas. Assim, embora tenha baixa liquidez, esse tipo de aporte é considerado seguro. Em ambos os casos, não há incidência de imposto de renda.
Fundo de Renda Fixa
Trata-se da compra de uma cota em uma conta de investimentos, gerida por um grupo que aplica o dinheiro nas opções mais rentáveis para garantir o lucro. É considerado de risco moderado porque é possível saber quanto será recebido, portanto, não se trata apenas de uma especulação e sim uma certeza, mas não tem cobertura de FGC.