Investimentos

Sete investimentos que rendem mais que a poupança

Há investimentos rentáveis, mas você deve ler o cenário e conhecer seu perfil para tomar a melhor decisão

Sete investimentos que rendem mais que a poupança
(Fonte: Shutterstock)
  • Antes de realizar qualquer aplicação, é importante o investidor colocar na ponta do lápis o retorno de cada investimento
  • Além disso, é preciso adequar o seu investimento ao seu objetivo. Algumas aplicações são ideiais para um tipo de investidor, enquanto para outros não
  • Por esse motivo, é importante analisar todo o tipo de investimento para ter uma carteira diversificada e mais próxima do seu objetivo

(Por Carlos Pegurski, especial para o E-Investidor) – Fazer com que o dinheiro trabalhe ao longo do tempo a seu favor: essa é a regra número 1 na hora de investir. Você deve saber que a poupança não é a melhor alternativa atualmente. Mas quais são os investimentos com melhor rentabilidade?

Conheça algumas opções de investimento que rendem mais do que a poupança, os pontos fortes de cada uma delas e entenda por que o contexto e o seu perfil pesam na hora de decidir o investimento mais rentável para você.

Saiba por que é importante ler o cenário econômico

A avaliação sobre a pertinência de um investimento precisa considerar o cenário econômico. (Fonte: Katjen/Shutterstock)

Quando o assunto é investir, a pergunta “quanto rende?” está entre as mais comuns. Ela é importante, claro, mas para saber se o investimento é interessante você deve olhar para o contexto.

Os efeitos da pandemia têm sido enormes. Além do custo humano, estão em jogo uma série de fatores que apontam para uma retração da economia: queda no PIB, empresas fechando as portas, recorde de desempregados e endividamento público necessário para minimizar os efeitos da crise sanitária e econômica.

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Diante desse cenário, a inflação aumentou e a taxa Selic também se elevou (em agosto deste ano foi para 5,25%). Apesar de ela vir de índices muito baixos para o histórico brasileiro, isso pode aumentar o custo de produção e dificultar que novos investimentos ocorram.

Um investimento nesse período precisa levar esses elementos em conta. Se a taxa Selic está mais baixa, os investimentos tendem a pagar menos; se está alta, tendem a pagar mais. Por isso, é importante colocar na ponta do lápis o retorno de cada opção para fazer o seu dinheiro render mais do que na poupança.

Conheça seu perfil de investidor e seu objetivo

Ao investir, a rentabilidade é apenas um dos fatores a serem observados. (Fonte: Kinga/Shutterstock)

Além de procurar uma opção com uma boa remuneração, sempre superior à inflação, é necessário considerar ao menos outros dois elementos: segurança e liquidez. É a relação custo-benefício entre esses fatores que dirá qual a melhor opção.

Um investimento pode ser ótimo para um perfil e não ser indicado para outro. Por isso, tenha em mente se você prefere ter um retorno maior, mesmo que isso signifique correr mais riscos, ou se quer um retorno sob a filosofia “devagar e sempre”.

Uma boa ideia é mesclar ambos os perfis de investimento na sua carteira. Por exemplo, se você tem um perfil moderado em relação aos riscos que deseja correr, pode fazer um combo: 50% em investimentos prefixados, 25% em títulos com híbridos (parte do rendimento é fixo, parte é variável) e 25% em ações.

Investimentos que rendem mais do que a poupança

Então é hora de falar de investimentos com uma rentabilidade maior do que a poupança, levando tudo isso em consideração.

Vamos falar das opções mais seguras e outras que prometem ser mais lucrativas, embora apresentem mais riscos. Assim você pode ter ideias para uma carteira diversificada!

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1. Tesouro Direto

As ações do Tesouro Direto estão entre as opções mais seguras. Elas são uma forma de garantir que seu dinheiro não perderá valor diante da inflação a longo prazo.

Esses papéis não estão entre os mais rentáveis, mas se trata do “feijão com arroz” de todo investidor. É graças a esse tipo de aporte que se pode correr riscos com outros ativos.

Existem diferentes modalidades de títulos do Tesouro Direto. Alguns remuneram um valor prefixado e você sabe quanto sacará no futuro. Outras pagam de forma híbrida: parte vem da Selic e parte é uma renda fixa menor. E há ainda alguns ativos que pagam o IPCA e uma taxa complementar.

Esses títulos costumam ter vencimento em alguns anos (quanto mais longo o prazo de vencimento, maior o retorno). Portanto, esse é um dinheiro para investir e não mexer. Mas, apesar disso, eles têm boa liquidez. O que pode acontecer com o resgate antecipado é torná-lo menos rentável.

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2. CDB

Se o Tesouro é uma forma de emprestar dinheiro ao governo, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são uma forma de emprestar às instituições financeiras. Assim, o banco pode manejar seu dinheiro por um certo tempo e irá recompensá-lo por isso.

A forma de mensurar esse retorno é em uma porcentagem do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Diariamente, no fim do expediente bancário, os bancos emprestam dinheiro entre si para que nenhum deles termine o dia no vermelho. Essa taxa é o CDI e o CDB pode pagar de 100% a 200% desse índice, rendendo mais do que a poupança.

3. Fintechs

Outra forma de ter rendimento do CDI é movimentar e reservar seu dinheiro em fintechs, as financeiras com soluções tecnológicas. Elas se especializaram em oferecer contas correntes e cartões de crédito sem taxas e, além disso, remunerar de forma generosa quem leva suas finanças para lá.

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Ao menos até esse momento, em que essas empresas disputam o coração (e o bolso) dos brasileiros, o retorno varia de 100% a 200% do CDI.

4. LCI e LCA

Você também pode emprestar dinheiro para empresas. Isso pode ocorrer por meio de debêntures ou, em casos específicos, através de letras de crédito que são destinadas a atividades direcionadas. Esse é o caso do agronegócio e do mercado imobiliário.

O LCI e o LCA são uma opção interessante porque são isentos de imposto de renda. Como nesse caso você está financiando atividades estratégicas para o País, a modalidade tem esse benefício. Por outro lado, a liquidez é pequena: sacar o valor antes do vencimento é um péssimo negócio.

5. Dólar futuro

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As opções anteriores são o beabá de uma carteira de investimentos seguros. Graças a essas modalidades, você pode correr algum risco em relação a outros ativos, com a possibilidade de multiplicar seus ganhos.

Uma das alternativas é o mercado de dólar futuro. Em termos muito simples, você se compromete a comprar ou vender dólares em uma data futura a um valor predeterminado. Portanto, o que está em jogo é a capacidade de antever as tendências sobre a moeda estadunidense.

Por exemplo, se você se comprometer a comprar dólares no futuro e ele cair em relação ao real até a data de vencimento do título, você terá algumas perdas. Mas, caso ele esteja mais valorizado, você garante uma compra subvalorizada e pode vendê-lo na sequência ganhando com essa diferença.

Apesar de o real apontar uma recuperação em relação à queda histórica que sofreu nos últimos meses, ainda há incerteza quanto à capacidade de retomar ao patamar anterior (há dois anos, ele era negociado a pouco mais de R$ 4,10 e hoje flutua em torno de R$ 5,20).

E o projeto do governo federal em retomar programas de distribuição de renda tendem a tornar o cenário ainda mais difícil, com emissão de títulos e moeda.

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6. Ações na bolsa de valores

Outra opção interessante para quem deseja um retorno maior do que a poupança são as ações na bolsa. A aquisição desses títulos permite que você seja sócio da companhia, adquirindo parte da empresa. Se o preço da ação subir, seu investimento é positivo.

Para Fabrizio Gueratto, especialista em mercado financeiro, algumas ações tendem a se destacar ao longo de 2021. Entre elas, estão a Weg (WEGE3), que cresceu 700% nos últimos cinco anos e que possui uma receita híbrida: metade em dólar, metade em real.

Também estão na lista o Itaú (ITUB3 e ITUB4), que curiosamente aposta nas fintechs que tentam competir com o mercado bancário tradicional; a Vale (VALE3), aquecida pela demanda de commodities, apesar de ainda pesar sobre ela os recentes desastres ambientais; e o Magazine Luiza (MGLU3), que tem expandido suas subsidiárias e promete liderar definitivamente o varejo brasileiro.

Outras opções interessantes para se monitorar são as ações com melhores dividendos que constam na carteira de investimento de Luiz Barsi, maior investidor particular do Brasil, entre elas estão os ativos da AES Brasil (TIET11/TIET3/TIET4) e do Santander (SANB11/SANB3/SANB4).

7. Bitcoin

Por fim, vale a pena considerar a inserção de criptomoedas no seu portfólio. Há mais de seis mil delas disponíveis, mas a mais conhecida é o bitcoin, que já demonstrou solidez e uma arquitetura descentralizada estável e funcional.

O bitcoin é uma criptomoeda feita para quem procura especulação. Por não ser gerida por um governo (não tem Ministério da Economia e Banco Central que a regulem, nem Casa da Moeda que a emita), ela é livre para oscilar em termos de oferta e demanda.

Ela é criada por meio de mineração de dados. Você compra um bitcoin, ou uma parcela de bitcoin, e pode vendê-lo quando quiser. Aliás, o bitcoin tem uma boa liquidez, outra razão para apostar nessa moeda.

No último ano, a criptomoeda ofereceu um retorno de mais de 300%. Por isso, vale a pena olhar com atenção para ela.

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