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Como investir a restituição do imposto de renda?

O calendário dos lotes de restituição da Receita Federal vai até setembro; saiba como usar o valor recebido

Como investir a restituição do imposto de renda?
Foto: Pixabay
  • Pagamento de dívidas, construção da reserva de emergência e avaliação do perfil devem ser prioridades
  • “O maior investimento que você pode fazer é cortar taxas de juros de empréstimos anteriores e reduzir esse peso do seu orçamento mensal”, aconselha economista
  • A pandemia mostrou com clareza alguns setores mais fragilizados que outros, exemplificando a importância da diversificação

O prazo para a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física terminou e agora o contribuinte espera a restituição. O primeiro lote começou a ser distribuído no fim de maio e os próximos seguem até setembro, de acordo com o calendário divulgado pela Receita Federal.

Uma dúvida muito comum que surge neste momento é o que fazer com o dinheiro da restituição do imposto de renda? Como utilizar? Onde investir? Analistas aconselham a formação da reserva de emergência e a diversificação da carteira. Confira mais dicas.

Calendário dos lotes de restituição do IRPF
Lote Data
31/05/2021
30/06/2021
30/07/2021
31/08/2021
30/09/2021
Fonte: Receita Federal

Onde investir?

Para quem ainda está começando a investir, é importante iniciar com o pagamento de dívidas existentes e com a construção de um fundo de emergência para dar segurança em caso de perda da renda ou necessidade maior em um gasto inesperado. Para quem já planeja a aposentadoria, pode ser a chance de aplicar na previdência privada.

“O maior investimento que você pode fazer é cortar taxas de juros de empréstimos anteriores e reduzir esse peso do seu orçamento mensal”, aconselha Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos. Segundo ela, eliminar dívidas deve ser a prioridade quando uma renda extra como a restituição do IRPF ou o 13° salário cai na conta.

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Para quem não tem dívidas, a economista alerta sobre a importância da criação de um fundo de emergência com três a nove salários investidos em ativos com alta liquidez e baixa volatilidade.
Por ter baixo risco e rentabilidade programada ou seguindo a inflação, os ativos de renda fixa são os mais aconselháveis para investir com o intuito de ter disponível em situações de emergência. Essa segurança acontece por conta dos produtos possuírem certificação do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), além de serem isentos do Imposto de Renda.

Os títulos que acompanham a taxa básica de juros, o Tesouro Direto, podem ter rendimento maior que a poupança, dependendo do tempo que permanecer aplicado. Os Certificados de Depósitos Bancários (CBD) também são opções para construir a reserva de emergência. Esses ativos são títulos emitidos por bancos e instituições financeiras para empréstimo a terceiros. Os CBDs possuem prazo e liquidez definidos pelo emissor, do mesmo modo que as LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio).

Depois da construção de uma carteira de emergência, é importante conhecer o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado. “É importante ressaltar que o fundo de emergência é para todos os perfis. Depois de ter a reserva e conhecer seu perfil, o investidor deve traçar objetivos desejados, se são de curto, médio ou longo prazo”, destaca Pasianotto.

Opção para diversificar: fundos de investimento

A alocação de recursos em fundos de investimento é uma boa opção para o uso do retorno do IRPF. Eles podem ser de renda fixa, variável ou junção das duas classes. Além disso, esses fundos contribuem para diversificar a carteira de investimentos. Eles podem ainda ter foco nos mercados de câmbio ou imobiliário e podem seguir índices do mercado financeiro ou setores específicos como tecnologia, varejo, energia, entre diversas outras possibilidades.

Para a especialista CEA da Guide Investimentos, Mayra Lima, os fundos de investimento são interessantes para quem pode deixar o dinheiro aplicado por um tempo, sem se preocupar com o resgate no curto prazo. Entretanto, ela chama atenção sobre a importância do acompanhamento de um especialista, além de se manter por dentro das notícias e estudar o mercado, mesmo que o básico.

“Quem tem um perfil mais arriscado, pode olhar para fundos para experimentar e diversificar, para não depender de uma classe só. Na pandemia, percebemos alguns setores mais fragilizados que outros”, afirma Mayra. Ela complementa que os investimentos são como um “quebra-cabeça”, em que algumas peças possuem flexibilidade de tempo e, outras, uma maior segurança.

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