Publicidade

Investimentos

IPCA 2020 salta para 2,47%. Entenda o impacto da alta da inflação nos investimentos

Inflação mais alta pode tirar ainda mais a atratividade da renda fixa

IPCA 2020 salta para 2,47%. Entenda o impacto da alta da inflação nos investimentos
(Foto: Envato Elements)
O que este conteúdo fez por você?
  • No relatório Focus desta semana, a mediana das expectativas para o IPCA deu um salto de 2,12% para 2,47%, motivado pela alta no preço dos alimentos
  • Nos investimentos, a escalada da inflação no curto prazo pode afetar principalmente as operações de renda fixa e fazer com que os papéis atrelados à taxa de juros ou o CDI percam ainda mais atratividade 
  • Um jeito de se proteger é investir uma parcela dos recursos em papéis remunerados em juro real, que são atrelados a uma taxa fixa, mais a variação do IPCA. Os CDBs, LCIs, CRAS e CRIs, são algumas opções

O boletim Focus desta terça-feira (13) trouxe uma mudança para a previsão da inflação em 2020. No relatório do Banco Central, a mediana das expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deu um salto de 2,12% para 2,47%, motivado pela alta no preço dos alimentos. Em quatro semanas, já é a terceira vez que o indicador é revisado para cima. As previsões para os próximos três anos, no entanto, seguem as mesmas: 3% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,25% para 2023.

Nos investimentos, a escalada da inflação no curto prazo pode afetar principalmente as operações de renda fixa e fazer com que os papéis atrelados à taxa de juros ou o CDI percam ainda mais atratividade – é o caso de alguns títulos do Tesouro e CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), por exemplo. Isso acontece porque além de a Selic estar nas mínimas, em 2%, eles ainda perdem para a expectativa de inflação para 2020.

“O Brasil chegou em uma situação de juro real [Selic menos inflação] negativo”, afirma Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos. “Hoje há um aumento muito forte de investidores indo para o mercado de capitais e aceitando tomar mais risco para buscar rentabilidade.”

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Apesar do aumento do IPCA, não há expectativa de que a Selic também seja revisada para cima ainda neste ano. O Focus manteve a meta da taxa de juros em 2% para 2020 e 2,5% em 2021. Segundo Bertotti, esse cenário deve impulsionar ainda mais a migração para a renda variável. “Já faz uns dois anos que esse movimento está acontecendo”, afirma. “É preciso deixar claro que o mercado de ações tem uma volatilidade muito maior, então o investidor tem que conhecer bem o perfil de risco”, diz.

Essa também é a visão de Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos. “É uma mudança de expectativa bem de curto prazo, só para 2020, então a influência nos portfólios deve ser pequena”, afirma. “Em resumo, quem tem títulos atrelados à inflação vai ganhar um pouco mais que a expectativa e quem tinha prefixados vai ter um ganho real um pouco menor.”

Como se proteger da inflação alta

Mesmo que a expectativa de alta na inflação seja para o curto prazo, diversificar é a palavra-chave para se proteger de eventuais sustos ligados ao IPCA. Quando o assunto é renda fixa, categoria mais impactada pela variação do índice de preços, existem uma série de papéis que podem ajudar a ganhar com a alta do indicador.

“Um jeito de se proteger é investir uma parcela dos recursos em papéis remunerados em juro real, que são atrelados a uma taxa fixa, mais a variação do IPCA. O investidor pode fazer isso por meio de CDBs, prefixados, Letras de Crédito Imobiliário (Letras de Crédito Imobiliário) e Certificados de Recebíveis Agrícolas e Imobiliários (CRAs e CRIs), por exemplo”, diz Simone Albertoni, analista de produtos da Ágora Investimentos. “Existem fundos de investimento que também compram ativos que pagam a inflação.”

Contudo, isso não significa que o investidor deve abandonar os demais títulos, como o Tesouro Selic. “Apesar de ficar com juro real negativo, esse é um investimento que não tem tanta volatilidade quanto os indicadores atrelados ao IPCA”, diz Albertoni. “Ter uma parcela de inflação na carteira sempre foi necessário e nunca vai deixar de ser.”

Publicidade

Web Stories

Ver tudo
<
IPVA 2025: carros menos poluentes são isentos do imposto; confira lista
Comida mais cara: 6 dicas para economizar na feira e no supermercado
O que fazer para receber a restituição do IR antes?
Bitcoin a US$ 1 milhão? Entenda porque investidores acham isso possível
“É uma loucura”: entenda a ousada proposta de Trump para o bitcoin
Nota de “zero” Euro? Elas existem e há até uma brasileira
Conheça o substituto do ar-condicionado com consumo de energia até 5 vezes menor
Como evitar que as festas de final de ano arruínem seu planejamento de 2025
Economia doméstica: o que é e como usar no dia a dia para ter mais dinheiro
5 livros recomendados por Bill Gates para ler ainda em 2024
É possível antecipar o seguro-desemprego? Descubra
Se ninguém reivindicar, o governo leva: entenda o que é a herança vacante
>