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Não é de hoje que a sigla ESG está no radar do mercado financeiro. A preocupação com a sustentabilidade tem gerado reflexões sobre a função social das empresas e o papel do setor privado na solução de problemas como a fome, a pobreza e as agressões ao meio-ambiente. A pandemia do coronavírus tornou essa discussão ainda mais pertinente, ao revelar como ações e omissões de indivíduos ou grupos podem ter enorme impacto coletivo.
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No mundo corporativo isso se reflete em um número cada vez maior de empresas que têm se empenhado na busca de melhores práticas ambientais, sociais e de governança (que compõem a sigla em inglês ESG). Além de fazer sua parte na construção de um mundo mais ético, saudável e justo, essas companhias também podem conseguir resultados financeiros melhores, inclusive para os investidores.
Um estudo realizado pela Ágora Investimentos concluiu que a adoção de uma agenda ESG traz diversos impactos positivos para uma empresa, como vantagens competitivas, melhora de reputação, maior lucratividade e até uma melhora em seu valuation ao longo do tempo.
De acordo com o relatório da Ágora, empresas preocupadas com questões ESG tendem a se destacar em seus nichos, já que o consumo consciente é uma tendência mundial. Além disso, constroem um bom relacionamento com o governo e a população, pois reconhecem seu papel de agentes transformadores da sociedade, sem colocar o lucro acima de tudo.
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Isso não quer dizer que essas companhia ganham menos dinheiro ao pautar valores sustentáveis no dia a dia. Ao contrário. “Elas tendem a ter um negócio mais bem estruturado e uma qualidade superior de gestão, o que leva a um melhor desempenho sob o aspecto financeiro”, comenta Marcelo Nantes, superintendente de gestão de fundos da Bradesco Asset Management. “Com isso, também se tornam bons investimentos.”
Além disso, o próprio mercado financeiro precifica positivamente as questões ESG nas ações das empresas, o que significa um prêmio em seu valuation ao longo do tempo.
Cada vez mais empresas têm assumido um compromisso com a pauta ESG em seus negócios. Porém, será que os investidores têm acesso a esses dados e conseguem acompanhar de perto as práticas de sustentabilidade alardeadas pelas companhias?
A resposta é sim. “As instituições têm demonstrado interesse cada vez maior em levar esses dados aos investidores”, diz Ricardo França, analista de research da Ágora Investimentos. O analista afirma que é crescente a demanda dos investidores nesse sentido. E as companhias percebem que a pauta ESG agrega valor econômico, além de ser bom para a imagem delas.
A forma mais direta de visualizar as atitudes das empresas em direção a práticas ESG são os relatórios anuais. Neles, além dos resultados econômicos, são detalhadas todas as realizações no campo da sustentabilidade.
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A mídia também permite aos interessados acompanharem as práticas ESG das empresas e também suas omissões nesse sentido. Assuntos ligados a problemas ambientais, sociais e de governança sempre são destaque entre os veículos de comunicação.
Há ainda as análises de casas de investimentos e certificações. Nelas, profissionais de gestoras e corretoras fazem um diagnóstico das empresas e podem ajudar os investidores a escolher ações de empresas com boas práticas ESG e entender como essas empresas de fato atuam nesse aspecto.
Para avançar mais sobre esse assunto tão relevante, o E-Investidor fará uma live nesta quarta-feira (26) com a participação de Marcos Ivo, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Klabin.
Durante a conversa, ele responderá dúvidas ao vivo pelo YouTube e LinkedIn do E-Investidor, do Estadão. Inscreva-se!
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