• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Investimentos

Luiz Fernando Figueiredo: Juros baixos são para impulsionar economia

Ex-diretor do BC, Luiz Figueiredo diz que Selic baixa é sinal de país normal

Por Thiago Lasco

05/08/2020 | 21:03 Atualização: 06/08/2020 | 8:38

Para Figueiredo, BC está lento na política monetária. Foto: Werther Santana/Estadão
Para Figueiredo, BC está lento na política monetária. Foto: Werther Santana/Estadão

Na tarde desta quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa básica de juros de 2,25% para 2% ao ano. Para entender com mais de clareza sobre quanto tempo esse cenário deve durar, o E-Investidor conversou com Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central.

Leia mais:
  • Rentabilidade real da poupança afunda no negativo com Selic a 2%
  • Os 15 Fundos de Renda Fixa com o melhor retorno
Newsletter

Não perca as nossas newsletters!

Selecione a(s) news(s) que deseja receber:

Estou de acordo com a Política de Privacidade do Estadão, com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Atualmente, ele ocupa o cargo de CEO da Mauá Capital, gestora independente que fundou em 2005 e hoje tem cerca de R$ 6,5 bilhões de reais sob tutela. Antes disso, foi um dos fundadores da Gávea Investimentos. Mas foi como diretor do BC que ele ganhou mais projeção.

Figueiredo assumiu o cargo em 1999, a convite do então presidente da instituição, Armínio Fraga, e esteve à frente da diretoria em um dos períodos mais complexos da história do banco, a transição entre as gestões dos presidentes da República Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Na entrevista, ele comenta o corte na taxa básica de juros, os efeitos nos investimentos e também divide sua leitura do cenário econômico atual frente à covid-19.

E-Investidor: O que o Comitê de Política Monetária ponderou para decidir por mais uma redução?

Luiz Fernando Figueiredo: O Copom deu alguns sinais para o mercado. Ele fez a redução que o mercado estava prevendo e deixou a porta semiaberta. Não está escancarada, ou seja, ele não vai mexer na taxa na próxima reunião. Mas também não fechou essa porta. O Copom espera manter essa política monetária estimulativa (com juros baixos) por bastante tempo. Para mudar essa postura, ele precisa ver uma mudança nas expectativas e projeções de inflação que seja suficiente para isso.

E-Investidor: Quando o BC deve voltar a elevar a taxa de juros?

Publicidade

Pelo tom do comunicado do Copom, a expectativa é que isso ocorra bem mais para a frente. Nas nossas contas, a taxa de juros deve começar a caminhar para uma normalização no final do primeiro semestre de 2021, ou no início do segundo semestre. O que é um horizonte longo: os ciclos do BC sempre foram muito mais curtos.

O que o BC está dizendo é que, até onde ele consegue enxergar, manterá os juros bastante baixos. Todo mundo sabe que a taxa de juros de hoje não é de equilíbrio estrutural, é estimulativa, para impulsionar uma economia que está fraca.

Do ponto de vista técnico, já existia uma razoável ociosidade da economia antes da covid-19. Com a pandemia, isso se ampliou muito. Como a retomada está sendo gradual, essa ociosidade cairá muito lentamente e, nesse ambiente, é muito difícil haver pressão inflacionária. O que o BC vê é o quanto esse hiato de ociosidade diminui, e ele só deve zerar no final de 2021 ou início de 2022. Quando o hiato estiver próximo de zerar, o BC volta a subir a taxa Selic. O próprio mercado já projeta isso.

E-Investidor: O novo patamar de juros complica ainda mais a vida do investidor. Que classes de ativos e modalidades de investimentos tendem a ganhar mais espaço nas carteiras?

Publicidade

Vou dar alguns passos para trás antes de responder. Antigamente, o Brasil tinha um juro estrutural de dois dígitos porque tinha uma política econômica equivocada. O setor público era expansionista, e para fazer frente aos gastos elevados o BC era obrigado a elevar os juros na outra ponta. Era um equilíbrio muito ruim, que dependia de juro real elevado.

Quando o governo não pode ou não consegue mais ampliar os gastos, deixa de haver essa força expansionista na economia, e isso traz o juro para um outro patamar completamente diferente. Antes, o investidor não precisava correr risco algum, a situação era muito confortável para ele. Só que, no mundo inteiro, quem quer ter rentabilidade acima da inflação precisa correr algum risco, esse é o normal. Isso não era normal aqui, e agora será.

Mesmo antes da covid-19, já se via uma migração gradual de ativos de menor risco para outros de maior risco. Com a pandemia, isso se agravou para o investidor de curto prazo, porque o juro ficou muito baixo. E ficará baixo em um horizonte bastante largo.

O resultado é que o investidor terá que procurar ativos de maior risco para ter alguma rentabilidade no portfólio. Ações, fundos de ações, fundos multimercado, fundos imobiliários, debêntures de infraestrutura, títulos públicos de longuíssimo prazo.

Publicidade

O Brasil está se tornando um país mais normal. Na Europa, a carteira de um fundo de previdência tem entre 50% e 60% de ações. No Brasil, 80% das carteiras têm renda fixa tradicional.

E-Investidor: Quem sai ganhando com uma taxa de juros tão baixa?

A resposta correta é: o país inteiro. O país está ficando mais normal. O juro é como uma febre: se tem juro estrutural mais baixo, tem menos febre, tem menos problema. A pandemia é uma situação anormal, em que o juro no mundo inteiro está mais estimulativo. Isso atenua a dor desse processo de queda tão grande da atividade econômica.

No Brasil, entre 85% e 90% das empresas tomam empréstimos atrelados à Selic. Quando ela cai, é redução de custos financeiros na veia. A dívida pública federal, metade dela é atrelada à taxa básica. Quando ela cai, o alívio é imediato.

Publicidade

E-Investidor: Quem comprar títulos prefixados ou atrelados à inflação corre o risco de ter perdas em caso de futuras altas na taxa de juros. Você diria que esses investidores devem preferir papéis com vencimentos mais curtos, para reduzir o risco?

A trajetória de queda da Selic só vai começar a se inverter na metade do ano que vem. A curva de juros no Brasil ainda carrega um prêmio de risco muito alto. Ela já embute um cenário de alta de juros. Então, quem ficar nesses papéis mais longos vai ter um ganho de capital bastante razoável.

Claro que, um ou dois meses atrás, esse prêmio de risco era muito maior, pois a incerteza era maior. Mas o prêmio de médio e longo prazo ainda é bastante relevante.

E-Investidor: Saindo um pouco do tema Selic, qual é a leitura que você faz do ambiente econômico em meio à pandemia de covid-19?

Publicidade

Acabamos de passar por um grau de incerteza inédito, por algo inusitado que nunca havíamos tido no mundo moderno. Em março, no auge do receio, imaginamos consequências desastrosas, quedas de dois dígitos no PIB de vários países. De lá pra cá, a pandemia acabou sendo mais contida do que se supunha.

O resultado é que as economias puderam começar a voltar mais cedo. Houve uma resposta de política fiscal e monetária sem precedentes. Tudo isso fez a queda da atividade econômica surpreender, para melhor do que se imaginava. Em março e abril, calculavam que seria um tombo de 9%. Hoje, a projeção da Mauá é um recuo de 5%.

Não é um cenário bom, mas também não é tão catastrófico como se supunha. Passamos de uma primeira fase, em que o mundo tentava evitar o contágio, para uma segunda etapa, de convívio com a doença.

As curvas de contaminação foram achatadas, a expansão se reduziu fortemente em vários lugares, e os colapsos de sistemas de saúde foram mais pontuais do que se pensava. Há menos gente com a doença grave, por menos tempo no hospital, não houve uma segunda onda mais forte. O mundo aprendeu a lidar melhor com a doença.

Nossos editores indicam este conteúdo para você investir cada vez melhor:
Rentabilidade real da poupança afunda no negativo com Selic a 2%

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Banco Central
  • Conteúdo E-Investidor
  • Copom
  • Inflação
  • Investimentos
  • Mauá Capital
  • Taxa Selic
Cotações
29/12/2025 0h44 (delay 15min)
Câmbio
29/12/2025 0h44 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Geração Z bate recorde de dívida no cartão de crédito. O que mudou?

  • 2

    Aluguel em Nova York é tão caro que uma estagiária passou a ir ao trabalho de avião — e ainda economiza

  • 3

    Você sabe quantos tipos de Pix existem? Conheça Pix Agendado, Automático e Garantido

  • 4

    As empresas da B3 que mais ganharam e perderam valor de mercado em 2025

  • 5

    O que fazer com o prêmio de R$ 1 bilhão da Mega da Virada?

Publicidade

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o FGTS: antecipação de parcelas do saque-aniversário pode diminuir em 2026; entenda
Logo E-Investidor
FGTS: antecipação de parcelas do saque-aniversário pode diminuir em 2026; entenda
Imagem principal sobre o Veja a data do saque de até R$ 1,8 mil do FGTS de dezembro
Logo E-Investidor
Veja a data do saque de até R$ 1,8 mil do FGTS de dezembro
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: saiba onde assistir ao sorteio do prêmio de R$ 1 bilhão
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: saiba onde assistir ao sorteio do prêmio de R$ 1 bilhão
Imagem principal sobre o IPVA SP: como será a isenção para veículos duas rodas?
Logo E-Investidor
IPVA SP: como será a isenção para veículos duas rodas?
Imagem principal sobre o Quina de hoje (26): TEM NOVO HORÁRIO APÓS FERIADO DE NATAL; veja
Logo E-Investidor
Quina de hoje (26): TEM NOVO HORÁRIO APÓS FERIADO DE NATAL; veja
Imagem principal sobre o FGTS: moradores de Dolcinópolis (SP) podem solicitar saque calamidade até 2026
Logo E-Investidor
FGTS: moradores de Dolcinópolis (SP) podem solicitar saque calamidade até 2026
Imagem principal sobre o STF decide que vítimas de violência doméstica recebam benefício do INSS
Logo E-Investidor
STF decide que vítimas de violência doméstica recebam benefício do INSS
Imagem principal sobre o R$ 1 bilhão na Mega da Virada 2025: edição já sorteou prêmio bilionário antes?
Logo E-Investidor
R$ 1 bilhão na Mega da Virada 2025: edição já sorteou prêmio bilionário antes?
Últimas:
Tele Sena de Natal 2025: 5° SORTEIO REALIZADO; veja aqui todas as dezenas
Loterias
Tele Sena de Natal 2025: 5° SORTEIO REALIZADO; veja aqui todas as dezenas

Neste domingo (28), o SBT realizou o sorteio da edição especial, com prêmios de mais de R$ 15 milhões

28/12/2025 | 19h18 | Por Jéssica Anjos
Calendário de dividendos: veja quem paga proventos entre o fim de 2025 e o início de 2026
Tempo Real
Calendário de dividendos: veja quem paga proventos entre o fim de 2025 e o início de 2026

Virada do ano concentra dividendos e JCP com yields elevados em bancos, energia, consumo, logística e indústria na Bolsa

28/12/2025 | 16h00 | Por Isabela Ortiz
Tele Sena Semanal de hoje (28): SORTEIO REALIZADO; veja dezenas da 84ª edição
Loterias
Tele Sena Semanal de hoje (28): SORTEIO REALIZADO; veja dezenas da 84ª edição

A extração da modalidade foi realizada pelo SBT com transmissão ao vivo pelo YouTube e televisão

28/12/2025 | 11h27 | Por Jéssica Anjos
Timemania 2336: 17 APOSTAS ACERTAM SEGUNDA FAIXA; veja valor do prêmio
Loterias
Timemania 2336: 17 APOSTAS ACERTAM SEGUNDA FAIXA; veja valor do prêmio

O sorteio da modalidade foi realizado na noite de sábado (27) e transmitido no canal da Caixa Econômica Federal no YouTube

28/12/2025 | 11h22 | Por Jéssica Anjos

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador