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As três melhores ações para comprar com alta do dólar

Mesmo com a alta da moeda, alguns ativos da B3 ainda podem ser uma boa opção de investimento. Saiba quais são!

As três melhores ações para comprar com alta do dólar
(Fonte: Shutterstock)
  • O ideal é ser criterioso e manter um portfólio de ações na carteira, optando por aquelas que apresentam melhor estabilidade diante do cenário atual
  • As companhias que tendem a se beneficiar com o dólar alto são as que atuam no ramo de exportação ou que têm sua receita em dólar e os custos em reais

(Por Mellanie Novais, especial para o E-Investidor) – Algumas ações acompanham a valorização do dólar e, consequentemente, são boas opções de investimento quando há alta da moeda norte-americana. Então, mesmo com as instabilidades econômicas e políticas, deixar todo o capital aplicado em renda fixa não é uma boa opção.

O ideal é ser criterioso e manter um portfólio de ações na carteira, optando por aquelas que apresentam melhor estabilidade diante do cenário atual.

De maneira geral, as companhias que tendem a se beneficiar com o dólar alto são as que atuam no ramo de exportação ou que têm sua receita em dólar e os custos em reais. Consequentemente, são essas empresas que apresentam valorização no preço de suas ações.

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Nesse sentido, apresentamos três das melhores ações da Bolsa de Valores (B3) que podem ser boas opções de compra com a alta do dólar. Confira:

1. WEG (WEGE3)

A WEG (WEGE3) conta com um portfólio bastante completo, atuando na geração, transmissão e distribuição de energia. Além disso, produz equipamentos eletro-industriais, tintas e verniz para a construção civil e tem presença na indústria 4.0, responsável por tecnologias de automação e troca de dados.

A vantagem competitiva da WEGE3 em relação a outros ativos é o fato de que pouco mais de 50% de sua receita é baseada em exportações e operações fora do País. Dessa forma, a alta do dólar é um ponto bem positivo para a empresa e seus investidores.

Os números da WEG também favorecem sua credibilidade: são mais de 32 mil colaboradores, R$ 170 bilhões de valor de mercado, mais de R$ 17 bilhões de receita e R$ 3,3 bilhões de caixa líquido. Historicamente, a WEG distribui mais de 50% dos lucros em dividendos.

A empresa informou que os lucros líquidos do primeiro trimestre de 2021 ultrapassaram R$ 760 milhões, cerca de 70% a mais do que o mesmo período de 2020. Assim, a ação WEGE3 é uma das melhores opções de compra com a alta do dólar.

Os papéis da WEGE3 tendem a apresentar valorização com as altas da moeda dos EUA, pois metade de sua receita tem como base as operações internacionais. (Foto: Shutterstock)

2. Suzano (SUZB3)

A Suzano (SUZB3) é uma exportadora no setor de papel e celulose. Como consequência, beneficia-se da alta dos preços do dólar. Considerando uma estimativa de constância nos preços da celulose e a elevação da moeda norte-americana, o aumento do EBITDA da companhia também pode ser bastante expressivo.

No primeiro trimestre de 2021, os resultados apresentados pela Suzano registraram um lucro bruto de R$ 4 bilhões, um excedente de 87% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o resultado financeiro da Suzano no início de 2021 foi negativo, com um prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões.

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Analisando o cenário atual, nota-se os impactos positivos da recuperação do mercado da celulose, o que favorece a continuidade da recuperação de preços que, de forma gradual, devem continuar refletindo nos resultados da companhia e fazendo com que as ações SUZB3 sejam uma boa opção de compra.

3. Gerdau Metalúrgica (GOAU4)

A Gerdau Metalúrgica (GOAU4) é uma empresa pioneira no setor de aço e na implantação de iniciativas que visam a inovação digital. Metade do faturamento da companhia é proveniente de operações nos Estados Unidos, consequentemente, essa parcela do capital é paga em dólar, o que indica que a empresa se beneficia das altas da moeda. Com isso, garante um equilíbrio à carteira de investimentos de quem compra as ações GOAU4.

Alguns pontos importantes que contribuem para a valorização dos ativos da Gerdau são a alta demanda global de aço, especialmente nesse novo ciclo de commodities, além da perspectiva positiva de retomada do setor de infraestrutura e construção civil.

Considerando os resultados do quarto trimestre de 2020, por exemplo, a empresa apresentou uma expansão de 43% da receita líquida no comparativo com 2019. Um efeito diretamente atrelado ao aumento do preço do aço e ao câmbio.

Os números da Gerdau no segundo trimestre de 2021 foram bastante positivos, o que também tem relação com a valorização da moeda americana. (Foto: Shutterstock)

Já no primeiro trimestre de 2021, a Gerdau apresentou uma geração de caixa de mais de R$ 2 bilhões, reduzindo os indicadores de alavancagem com dívida líquida. Os resultados do segundo trimestre foram ainda melhores, com o lucro líquido de R$ 3,9 bilhões, um aumento de 59% em relação aos três primeiros meses do ano.

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