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Este FII paga “uma Selic” em dividendos; ainda dá tempo de investir?

Levantamento feito pela Quantum Finance mostra quais são os melhores FIIs de 2023

Este FII paga “uma Selic” em dividendos; ainda dá tempo de investir?
Ranking mostra os melhores FIIs até setembro de 2023. (Foto: Envato)
O que este conteúdo fez por você?
  • Os melhores fundos imobiliários (FIIs) de 2023 já distribuíram, até aqui, mais de 1% de dividend yield ao mês para seus investidores
  • É o que mostra o levantamento mensal feito pela Quantum a pedido do E-Investidor com o retorno acumulado da indústria até o fechamento do mês de setembro
  • Veja também quais são os FIIs que mais sobem no ano

Os melhores fundos imobiliários (FIIs) de 2023 já distribuíram, até aqui, mais de 1% de dividend yield (rendimento de dividendos) ao mês para seus investidores. É o que mostra o levantamento mensal feito pela Quantum a pedido do E-Investidor com o retorno acumulado da indústria até o fechamento do mês de setembro.

Liderando com o posto de melhor pagador de dividendos está o Kilima Volkano Recebíveis Imobiliários FII (KIVO11), um FII de papel que entre janeiro e setembro distribuiu 12,70% em proventos.

A título de comparação, o patamar de dividend yield já está quase igual à rentabilidade da Selic em 12 meses, que atualmente está em 12,75% ao ano.

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O Kilima Volkano já vinha se destacando na remuneração de investidores nos meses anteriores, como mostramos aqui.

Na mesma linha, o General Shopping Outlets do Brasil FII (GSFI11), que também já vinha em destaque nos levantamentos anteriores, segue na dianteira quando o assunto é retorno das cotas. O FII de tijolo subiu 58,8% entre janeiro e setembro e figura como a maior alta desse mercado.

Ainda dá tempo de investir?

O mercado de fundos imobiliários está vivendo um bom momento em 2023. Atualmente, o IFIX, índice de fundos imobiliários da B3, está cotado a 3.183,77 pontos, com uma alta anual de 11,04% – muito próximo de superar a sua máxima histórica, alcançada em janeiro de 2020, como adiantamos nesta outra reportagem.

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Especialistas explicam que boa parte dos ganhos já acumulados por esses ativos se deve ao ciclo de queda da taxa de juros, iniciado pelo Banco Central (BC) em agosto. De lá para cá, a Selic já caiu 1 ponto porcentual para os atuais 12,75% ao ano.

“Com o arrefecimento da nossa taxa de juros, os FIIs tendem a se tornar mais atrativos para os investidores que passam a buscar por alternativas de maior risco e potencial de rentabilidade. Quando analisamos a performance do IFIX vs SELIC ao longo dos anos percebe-se um movimento de correlação negativa entre esses indicadores”, destaca Miguel Rodrigues, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital.

Para os investidores, a notícia é positiva: ainda que o IFIX já tenha subido, os especialistas veem espaço para a continuidade das altas, dado que o ciclo de queda da Selic está apenas começando. Para o final de 2023, o mercado espera que os caiam para 11,75% ao ano. Para 2024, a expectativa é por uma taxa de 9% ao ano.

“Acredito que estamos em um momento ainda muito interessante de investir mesmo com o rali que aconteceu esse ano”, diz Angelo Ferraretto, head de Research Imobiliário da Integral Brei. “No passado, a última vez que tivemos uma taxa Selic saindo do patamar de 14% e caindo para um dígito, foram três a quatro anos muito bons.”

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Na visão do especialista, ainda há boas oportunidades em todos os segmentos de FIIs.

Oportunidades

Os fundos de papel estavam mais caros, porque conseguiram manter bons dividendos – como mostra o levantamento da Quantum – em um cenário de Selic e inflação em alta. Mas, agora, podem ver seus yields sendo reduzidos. "Talvez não sejam os principais fundos aí que vão se beneficiar", destaca Ferraretto.

No lado dos fundos de tijolos, a perspectiva é que a valorização de cotas já vista até aqui seja continuada. Estes devem ser os principais beneficiados pelo ciclo de afrouxamento monetário que acaba de começar.

“Os fundos de tijolos devem continuar com uma boa performance pelo potencial defensivo das suas posições, por investirem ativos físicos. O pagamento de proventos para o investidor também tende a aumentar devido aos reajustes no aluguel e na perspectiva de cenário econômico mais favorável para a renda variável”, explica Miguel Rodrigues, da Matriz Capital.

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