- A última alta na terça-feira viu o ouro subir até $2.466,27 por onça, ultrapassando o recorde anterior estabelecido no final de maio
- O J.P. Morgan espera que os preços subam para $2.500 por onça até o final de 2024 e até $2.600 em 2025
- Os futuros do ouro estabeleceram um recorde histórico ao subir acima de $2.740, assim como o maior ETF do metal
Clientes da operadora Costco, bancos centrais e outros investidores têm comprado ouro como se estivéssemos em 1849, mas os analistas estão lutando para entender por quê — ou prever quando essa corrida vai acabar.
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Na terça-feira (16) o metal precioso subiu até US$ 2.466,27 por onça, ultrapassando o recorde anterior estabelecido no final de maio e subindo mais de 23% desde sua baixa de 52 dias em fevereiro. Os futuros do ouro estabeleceram um recorde histórico ao subir acima de US$ 2.740, assim como o maior ETF do metal, SPDR Gold Shares, com preços se aproximando da marca de US$ 228.
O grande ano e meio do ouro foi atribuído em parte às expectativas de que o Fed cortaria as taxas de juros pelo menos três vezes em 2024, conforme um relatório da J.P. Morgan observou na semana passada. Agora, apenas um desses cortes está previsto, mas os economistas estão cada vez mais confiantes de que ele virá em setembro.
Fundamentos tradicionais em desacordo com a grande alta do ouro
Um hedge tradicional contra a inflação, o status de refúgio seguro do ouro e seu uso como uma reserva de valor de longo prazo também contribuem para seu apelo como um baluarte contra a incerteza nos mercados e tensões geopolíticas. A J.P. Morgan disse que espera que os preços subam para US$ 2.500 por onça até o final de 2024 e até US$ 2.600 em 2025.
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“Diante da geopolítica desgastante, aumento das sanções e desdolarização, observamos um apetite crescente para comprar ativos reais, incluindo ouro”, disse Gregory Shearer, chefe de estratégia de metais básicos e preciosos na J.P. Morgan, no relatório.
Ao mesmo tempo, porém, os sinais econômicos que normalmente estimulam uma alta do metal não estão presentes, observa Rob Haworth, estrategista sênior de investimentos do U.S. Bank.
Haworth disse à Fortune que a demanda por ouro geralmente está ligada a um dólar americano mais fraco, mas os investidores estão exercendo pressão ascendente sobre este último. Ao mesmo tempo, os rendimentos reais, que refletem o custo de oportunidade de comprar ouro em vez de Títulos do Tesouro “livres de risco”, não se moveram — e o mesmo acontece com os preços das opções, uma indicação potencial de se os investidores estão se sentindo avessos ao risco.
“E então você fica com, o ouro está subindo porque está subindo”, disse Haworth.
Bancos centrais compram ouro para diversificar reservas
Um claro motor dos preços do ouro desde 2023 tem sido os bancos centrais, que compraram mais de 1.000 toneladas métricas de ouro no ano passado, segundo a J.P. Morgan. O Banco Popular da China embarcou em uma farra de compras de 18 meses, sua maior sequência de compras, que finalmente terminou em maio, uma medida vista como uma tentativa de ajudar a diversificar suas reservas para longe do dólar e proteger contra a desvalorização da moeda.
O Tesouro permanece um importante refúgio seguro para os bancos centrais, disse Haworth, mas ele observou que a participação estrangeira da dívida federal diminuiu ao longo dos últimos sete anos.
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“Não está aparecendo nos mercados de títulos europeus”, disse Haworth. “Não está aparecendo nos mercados de títulos japoneses. Então, parece que tem sido direcionado para o ouro por enquanto.”
Liquidar essas reservas pode ser complicado, disse ele, se a demanda cair. Se ninguém quiser seu ouro, você pode estar sem sorte, seja você um banco central ou um membro executivo da Costco cansado de segurar todas essas barras.
Esta história foi originalmente publicada no Fortune.com
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*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
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