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Previdência privada avança no País; qual o melhor momento para entrar?

Dados recentes mostram que aportes na modalidade estão cada vez maiores

Previdência privada avança no País; qual o melhor momento para entrar?
Fonte: Pexels
  • A previdência privada, além de complementar a aposentadoria, serve como ferramenta de planejamento financeiro e para herança
  • Os aportes em previdência privada somaram R$ 61 bilhões em 2022 até maio, avanço de 16% na ante o mesmo período do ano passado.
  • Os analistas ressaltam que o melhor momento para investir é sempre "o hoje", pois o tempo é essencial para a reserva de valor futura

Investir em previdência privada pode ser uma boa opção para os investidores no atual momento de pressão inflacionária que passa o Brasil. De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), entre janeiro e maio, os aportes nessa classe de ativo alcançaram o montante de R$ 61 bilhões. O número representa um avanço de 16% na comparação com o mesmo período de 2021. Geralmente associado apenas à aposentadoria, a modalidade pode oferecer muito mais benefícios do que se imagina, segundo analistas ouvidos pelo E-Investidor.

Somente no mês de maio foram R$ 13,2 bilhões em aportes, 15% a mais do que no mesmo período do ano passado. O sócio da Jive Investments, Alexandre Cruz, diz que o aumento mostra o amadurecimento do investidor brasileiro em educação financeira. “Muita coisa tem sido feita, desde regulação até a democratização do conhecimento”, diz, ao destacar também o crescimento das plataformas de agentes autônomos, bancos, a abertura e desenvolvimento de bancos digitais e influenciadores digitais como indícios de avanço da consciência em relação ao dinheiro.

Além de complementar a renda da aposentadoria, o plano de previdência privada funciona como ferramenta de planejamento financeiro e para futura herança, com flexibilidade para alterar beneficiários e tributação favorecida.

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Nicollas Lorensetti, economista e especialista em Investimentos do Sistema Ailos, destaca que a previdência privada serve de reserva de capital para um objetivo futuro, como realizar o sonho dos filhos de estudar no exterior, trocar de casa ou outro objetivo de longo prazo que demande um capital elevado e investimento seguro. “Há um horizonte de imprevisibilidade no longo prazo. Sendo assim, é fundamental pensarmos em segurança. Neste ponto a previdência ganha força”, diz Lorensetti.

Outro fator que torna a previdência privada muito atrativa aos investidores está no planejamento fiscal. Em alguns tipos de previdência, pode-se deduzir da base do imposto de renda anual os aportes feitos, com limite de até 12% da renda bruta do contribuinte. Isso significa que ao longo de todo o período de contribuição (fase de acumulação) o portador goza de incentivo fiscal, na forma de abatimento de seu imposto anual.

Mesmo com o mercado de previdência cada vez mais sofisticado e atrativo, com opções de fundos que se adequam ao perfil de cada carteira, um levantamento feito no final do ano passado pela Anbima, em parceria com o Datafolha, revelou que apenas 3% dos aposentados brasileiros contavam com esse complemento à renda. Segundo os analistas, quanto mais informações chegarem ao público sobre o que a previdência privada pode fazer pelo investidor, melhor e mais atrativo será este tipo de ativo. “Quanto mais essas frentes atingirem um número maior de potenciais investidores, caminharemos para a direção das nações mais desenvolvidas nessa seara”, aponta Cruz, da Jive Investments.

André Rolha, diretor de produtos da Venice Investimentos, afirma que algumas mudanças regulatórias atraíram cada vez mais as gestoras para criarem produtos de previdência, replicando a estratégia que possuem em fundos que não são do setor, e esse cenário por si só já faz diferença. “O mercado de AAI (agentes autônomos de investimentos) vem fazendo um excelente papel educacional e investigativo para analisar os fundos que possuem menores custos para o investidor e com mais imparcialidade na escolha dos produtos”, diz Rolha.

O tempo como aliado

Quanto mais cedo o investidor começar a aportar na previdência, maior o impacto dela, pois o tempo torna-se essencial para a reserva gerar valor futuro. No atual cenário de escalada da inflação, a previdência privada sai ganhando se estiver alocada em ativos indexados à inflação ou renda fixa carregados até o vencimento. Esses dois tipos de ativos são comuns em previdência, sendo assim, o carrego (expressão criada para representar quanto um ativo irá render até seu vencimento) pode ser muito benéfico para o investidor.

Tomando por base o seguinte exemplo: um indivíduo atualmente com 40 anos quer se aposentar aos 60 com uma reserva acumulada de R$ 1 milhão, com uma rentabilidade média mensal de 0,8%. Ele deve aportar R$ 1.375,70 por mês para alcançar seu objetivo, o que significa que terá que desembolsar no total R$ 330.168,00.

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Já outra pessoa, atualmente com 30 anos, quer se aposentar aos 60 também com uma reserva acumulada de R$ 1 milhão, com uma rentabilidade média de 0,8% ao mês. Deve aportar R$ 477,78 por mês para alcançar seu objetivo, o que significa que terá que desembolsar no total R$ 172.00,80. Ambos os cálculos, a título de exemplo, desconsideram o valor do dinheiro no tempo e imposto.

São dois adultos, em idade laboral, com o mesmo objetivo e a mesma rentabilidade. A única diferença é o tempo que demoraram para iniciar seus planos. “Enquanto o primeiro indivíduo começou aos 40, o segundo começou aos 30. Dada essa realidade, o segundo irá pagar nesse exemplo 48% a menos que o primeiro para realizar seu objetivo”, aponta Lorensetti.

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