As ações da Prio (PRIO3) já compravaram ao investidor que são dignas de estar na carteira, mesmo em ambiente de juros altos. Como mostramos nesta reportagem, a petroleira entregou aos seus acionistas uma rentabilidade de 7.381,83% entre os meses de abril de 2015 e abril de 2025, segundo dados da ComDinheiro-Nelogica. O desempenho garantiu à empresa o título de mais rentável do Ibovespa, principal índice da B3, para o período.
Fábio Sobreira, analista CNPI-P da Rocha Opções de Investimentos, atribui esse resultado extraordinário ao plano de reestruturação bem-sucedido da empresa que focou na compra de ativos maduros e na redução de custos operacionais. Com essa estratégia, a empresa conseguiu reverter o prejuízo de R$ 53,5 milhões no primeiro trimestre de 2015 em lucro de R$ 2 bilhões nos meses de janeiro e março deste ano. Veja os detalhes nesta reportagem.
Para se ter uma dimensão desse retorno financeiro, os cálculos do analista mostram que, se o investidor tivesse realizado aportes mensais de R$ 46,27 ao longo desses 10 anos, teria hoje um patrimônio de R$ 106.147,22 que seria capaz de remunerá-lo com uma renda anual de R$ 60 mil, equivalente a R$ 5 mil mensais. A simulação considerou o retorno médio de 56,53% ao ano que a empresa apresentou desde 2015 até hoje.
O que esperar das ações Prio (PRIO3)?
Há uma frase clássica do mercado financeiro que diz o seguinte: “rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”. E é neste ensinamento que os investidores devem ter em mente antes de realizar qualquer investimento nas ações da Prio (PRIO3). Para Sobreira, dificilmente, a companhia conseguirá replicar o mesmo desempenho nos próximo 10 anos diante da “escassez de grandes aquisições, complexidade operacional e do efeito base de um valor de mercado já consolidado”.
Contudo, isso não significa que a Prio perdeu o seu brilho no mercado. Pelo contrário, ele ressalta que a companhia continua sendo uma boa oportunidade de investimento na bolsa de valores devido aos seus múltiplos estarem ainda atrativos. Segundo o especialista, o P/L (preço sobre lucro) da Prio permite à empresa pagar dividendos na ordem de 31,8%, caso distribuísse 100% do seu lucro. “Isso é bastante alto. Ou seja, em termos históricos e presentes, é uma empresa fantástica”, acrescenta Sobreira.
Além disso, o especialista estima que o retorno anual esperado para o acionista, via valorização das ações, deve ficar na faixa de 15% a 20% ao ano, sem considerar o pagamento de dividendos. “Essa projeção reflete uma expansão mais sustentável, alinhada com o aumento da escala e os desafios naturais de continuar crescendo em um mercado competitivo e dependente do preço do petróleo”, diz Sobreira.
Já Marco Saravalle, analista CNPI-P, sócio-fundador da BM&C e da MSX Invest e colunista do E-Investidor, acredita que a Prio (PRIO3) tem condições de triplicar o seu valor de mercado nos próximos anos. A análise do especialista se baseia na projeção do fluxo de caixa livre (FCF) da empresa para os anos de 2026 e 2027 que, de forma conservadora, pode ultrapassar os R$ 7 bilhões por ano. “A Prio reúne os elementos clássicos de uma tese baseada em geração de caixa: crescimento da produção, eficiência operacional e disciplina financeira”, escreveu Saravalle em sua coluna quinzenal desta segunda-feira (26). Confira aqui.