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Bitcoin: Projeções indicam moeda a US$ 140 mil até o fim do ano

A capitalização de mercado do Bitcoin está em US$ 1,2 trilhão

Bitcoin: Projeções indicam moeda a US$ 140 mil até o fim do ano
Representação de Bitcoin empilhado como moedas (FOTO: LightFieldStudios)
  • A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin, renovou sua máxima histórica nesta terça (13), cotada a US$ 63,1 mil
  • Segundo Ney Pimenta, CEO da Bitpreço,  o Bitcoin manteve estabilidade nos preços nos últimos três meses, mas segue com tendência de alta por conta dos novos entrantes no mercado
  • As estimativas de preço dos especialistas ouvidos pelo E-Investidor para o Bitcoin em 2021 variam de US$ 60 mil a US$ 140 mil

O universo das criptomoedas é extremamente volátil. Há dias em que a alta ultrapassa os 10%, mas outros em que a queda pode até dobrar. Ainda assim, a principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin, renovou sua máxima histórica nesta quarta-feira (14), cotada a US$ 64,3 mil.

Segundo Ney Pimenta, CEO da Bitpreço, marketplace brasileiro de criptos, o Bitcoin manteve estabilidade nos preços nos últimos três meses, mas segue com tendência de alta por conta dos novos entrantes no mercado. Vale lembrar que no último sábado (10), o mercado de criptomoedas atingiu a marca dos US$ 2 trilhões em capitalização de mercado.

“A dominância do Bitcoin tem diminuído porque muitos investidores têm tirado dinheiro e transferido para criptomoedas alternativas, na busca de rendimentos maiores”, diz Pimenta.

Estimativas para o Bitcoin

Assim como com o dólar, fazer estimativas para o preço do Bitcoin não é uma tarefa fácil. Bruno Milanello, executivo na área de Investimentos do Mercado Bitcoin, explica que a corretora não faz projeções, mas acompanha o mercado por meio de estatísticas e modelos econométricos que oferecem certa previsão.

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Um dos modelos citados por Milanello é o Stock to Flow, na tradução, taxa de escassez. Na prática, ele mede a taxa de mineração da moeda, ou seja, o quanto de Bitcoins é colocado na rede, em função de quanto já existe em circulação. O executivo explica que a estratégia foi adaptada de outro modelo, utilizado para mensurar metais preciosos como o ouro, onde também se calcula a proporção de quanto é minerado nas jazidas frente ao estoque existente.

“Olhando para esse modelo já consolidado, a estimativa para o Bitcoin está entre US$ 100 e US$ 140 mil no final de 2021, o equivalente a cerca de R$ 600 mil a R$ 840 mil”, diz.

Pimenta tem uma estimativa menos ambiciosa do que Milanello, de US$ 80 mil a US$ 100 mil dólares ainda este ano. Entretanto, o CEO acredita que depois da alta, a moeda sofrerá com uma correção e poderá encerrar o ano na faixa dos US$ 60 mil.

“Ao analisarmos todos os movimentos anteriores de valorização do Bitcoin, há um momento de euforia no qual o BTC atinge o pico, seguido de umae correção lenta que demora alguns meses”, diz Pimenta.

Por que o Bitcoin entrou nos holofotes

No acumulado de 2021, o Bitcoin já acumula valorização de 146,5% em reais, segundo dados do Broadcast. De acordo Milanello, um dos fatores que tem impulsionado o Bitcoin é a entrada dos investidores institucionais, que modifica muito o cenário de criptomoedas.

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Na visão do executivo, os investidores institucionais podem ser divididos em duas categorias: os financeiros e os não financeiros. “Os financeiros já estão nesse mundo cripto há algum tempo, desde 2017, quando a bolsa de Chicago lançou os derivativos de criptomoedas”, diz Milanello.

Já os não financeiros são as empresas como a Tesla, que comprou grandes quantias de Bitcoin e passou a aceitar o pagamento com a moeda. Além da fabricante de veículos elétricos, o executivo cita a Microstrategy Inc., que reverteu todo o caixa em Bitcoin em agosto de 2020.

Outro ponto interessante é que, ao contrário das moedas fiduciárias, como euro e dólar, que podem ser impressas quando necessário, o Bitcoin possui um número finito. “Lá no final do ciclo da última mineração, com previsão de acontecer em 2140, sabe-se, matematicamente, que naquele ano haverão 21 milhões de Bitcoins em circulação”, diz Milanello.

Como seu fornecimento é limitado, a entrada de grandes players acaba tirando os Bitcoins de circulação e contribuindo para o aumento do seu preço. “É inevitável, porque é uma questão de oferta e demanda”, diz Milanello.

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Para saber quais empresas estão guardando Bitcoins, ele sugere o site bitcointreasuries.org, que elenca as principais empresas listadas que investem na criptomoeda. Segundo o site, 6,76% de todos os bitcoins minerados até agora estão na mão dessas empresas, o equivalente a 1,4 milhão da moeda.

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