Existem diversas opções de produtos de renda fixa no mercado financeiro, um tipo de investimento onde os investidores conseguem conhecer a rentabilidade antes de realizar o aporte. Cada uma delas com características diferentes que, quando combinadas, podem atender a necessidades distintas das pessoas.
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É comum que ativos de renda fixa ganhem mais atenção nos momentos de alta nas taxas de juros. Mas é preciso atenção na hora de contratar esses títulos, porque algumas regras podem ser mais desvantajosas a depender dos objetivos que têm os investidores.
Tempo até o vencimento, liquidez, rendimento e tributação são alguns exemplos dos pontos a ser considerados e comparados, para fazer a melhor escolha.
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Títulos como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) tendem a privilegiar as aplicações de longo prazo: a rentabilidade oferecida no curto prazo, além de menor, sofre incidência regressiva do Imposto de Renda (IR), da seguinte maneira:
- Até 180 dias de aplicação: alíquota de 22,5% de IR;
- Entre 181 e 360 dias: alíquota de 20%;
- Entre 361 e 720 dias: alíquota de 17,5%;
- Acima de 720 dias: alíquota de 15%.
De modo que um investimento de dois anos recebe uma “mordida” da tributação consideravelmente menor do que uma aplicação de seis meses, por exemplo. E caso o investidor retire em menos de 30 dias, pagará Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) relativo ao valor — taxa que pode chegar a 96% para um dia de aplicação.
A incidência do IOF, nessas condições, também ocorre com outros produtos, como as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA) e os títulos público oferecidos pela plataforma do Tesouro Direto. No entanto, as LCI e LCA são isentas da tributação de IR.
Rendimento
É comum que esses ativos acompanhem indicadores e taxas praticadas no mercado, como a Selic (principal referência dos juros no País), o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) relativo aos empréstimos entre instituições financeiras, a Taxa Referencial (utilizada na poupança) e índices de inflação (como o IPCA).
A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e pode apresentar alguma previsibilidade ao investidor. O CDI tende a orbitar a Selic. Mas por serem taxas relativamente estáveis também implicam na baixa capacidade de obter retornos maiores, inesperados, no curto prazo. Isso significa que quem topa correr mais riscos pode não ser contemplado pelos ganhos desses produtos.
Outro aspecto importante se relaciona aos valores mínimos para aplicar. Ainda que haja muitas opções no mercado de renda fixa, alguns produtos podem exigir quantias iniciais mais elevadas, tornando-os menos acessíveis a quem possui uma capacidade menor para investir.
Liquidez
O tempo até que o título possa ser resgatado também é fundamental. Há opções com liquidez diária, mas essas costumam compensar a facilidade com rentabilidade inferior aos ativos com liquidez no vencimento.
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Via de regra, quando o investidor precisa liquidar um produto antes do término do contrato, ele precisa apelar para o mercado secundário. A depender das circunstâncias, o risco de prejuízo é real.
Além disso, instituições financeiras menores podem negociar produtos de renda fixa a taxas mais vantajosas nos momentos de crise de liquidez. Isto é, quando os negócios não vão bem e elas precisam captar mais recursos. De modo que é preciso cuidado ao encontrar propostas muito “generosas”.
Aqui, no entanto, vale lembrar que produtos como CDB, LCI e LCA contam com proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que oferece cobertura até R$ 250 mil, nos casos em que o banco ou corretora não puder arcar com as dívidas contraídas.
Da mesma forma, os títulos públicos do Tesouro contam com a garantia do governo federal e são considerados os mais seguros do País. Essas coberturas reduzem o risco de calotes. Ainda assim, é preciso avaliar as condições oferecidas e as características de cada produto.
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Sobretudo, a busca por profissionais do ramo das finanças é sempre recomendada aos investidores, antes de adquirir ativos de renda fixa no mercado. Riscos e perdas tendem a ser mitigados ao se identificar o perfil do cliente e a capacidade que ele tem de investir.