Os fundos imobiliários se tornaram populares no mercado com o pagamento mensal de dividendos e isenção do IR (Foto: Adobe Stock)
Correção: Por volta das 9h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (29), o E-investidor noticiou que a retenção dos 50% da remuneração da Consultora de Investimento, responsável pela gestão do FIIs, deixaria de acrescentar R$ 0,04 na distribuição mensal de dividendos para reduzir o endividamento do fundo. Contudo, o novo anúncio, divulgado na noite desta segunda-feira (28), era um complemento à decisão anterior e não anula o acréscimo nos rendimentos dos cotistas. A informação foi corrigida.
O REC Renda Imobiliária (RECT11), que investe em ativos imobiliários de uso comercial, anunciou a suspensão temporária do pagamento referente à remuneração da consultoria de investimentos, responsável pela administração do fundo imobiliário (FII). Na semana passado, o fundo já havia comunicado a retenção de 50% da taxa de consultoria por um prazo de um ano em meio à mobilização de cotistas em alterar a forma como as taxas de consultoria são calculadas. A previsão é que a medida tenha um impacto positivo de R$ 0,04 nas próximas distribuições de dividendos.
Já na noite desta segunda-feira (28), o RECT11 trouxe um complemento à decisão anterior: os outros 50% da remuneração da consultoria de investimentos também serão retidos, sendo utilizados para reduzir o endividamento do fundo imobiliário. Ambos os “descontos” nos custos operacionais serão provisionados contabilmente como despesa mensal que devem ser pagos em “um momento adequado”, sem o acréscimo de correção monetária ou de juros.
Hoje, os custos são baseados no valor patrimonial (VP) das cotas, enquanto a proposta dos investidores busca alterar essa base de cálculo para o valor de mercado (VM) do RECT11. Segundo o movimento, intitulado “Queremos mudanças no RECT11”, a alteração do indexador das taxas pode reduzir em 65% o custo operacional do fundo imobiliário e pode incrementar em 17% o valor dos rendimentos, o que representa R$ 0,05 por cota aos investidores.
Frederico Arnoldi, um dos organizadores da campanha, diz que o comunicado sinalizou uma abertura de diálogo entre os cotistas e os gestores, mas ainda não atendeu os objetivos da proposta. “Não estamos buscando um corte de custos. A nossa proposta é alterar a base de cálculo das taxas operacionais”, informou Arnoldi em entrevista ao E-Investidor. Com a mudança, o organizador do movimento diz que pretende se reunir com os cotistas no início de maio para decidir se seguirá adiante com a proposta. Confira os detalhes nesta reportagem. No pregão desta segunda-feira (28), as cotas do REC Renda Imobiliária (RECT11) encerraram o dia com uma valorização de 4,95%, sendo negociadas a R$ 33,49.