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Rede D’Or (RDOR3) e Hapvida (HAPV3) devem brilhar no 2T24, segundo o Santander

Para os analistas do banco, empresas de maior capitalização podem se sair melhor na safra do segundo trimestre

Rede D’Or (RDOR3) e Hapvida (HAPV3) devem brilhar no 2T24, segundo o Santander
Investimentos. Imagem: Adobe Stock.

Empresas de saúde de maior capitalização, como Rede D’Or (RDOR3) e Hapvida (HAPV3), provavelmente terão um desempenho melhor no terceiro trimestre de 2024. É o que indica o Santander em relatório sobre projeções das companhias desse setor para o próximo trimestre. Além dessas, o destaque negativo previsto pelo banco é da Hypera (HYPR3).

Para os analistas, a visão positiva da Hapvida acontece em meio às melhorias operacionais da empresa. A estimativa é de que haja crescimento da receita líquida de 5,2% ano a ano, impulsionado por preços de planos de saúde quase de dois dígitos. Porém, os ventos contrários relacionados à receita de serviços hospitalares mais baixa e à base de membros menor permanecem.

“Esperamos sazonalidade histórica (deterioração sequencial de 200-300 pb no 2T24) devido à menor utilização no 1T24 (menor número de dias úteis) e pressões da dengue”, indicam. No geral, a casa espera um Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado de 11,5% – o que representa um aumento de 280 pontos base a.a. – e lucro líquido de R$376 milhões. A recomendação é de compra das ações da Hapvida.

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A Rede D’Or, por sua vez, possui ciclo de lucros positivos à frente, com a expectativa de manter a tendência de lucros positivos iniciada no 1T24 ao longo de 2024. No próximo trimestre, os analistas esperam duplicar o valor do lucro líquido (a R$ 810 milhões) e valorização de 10% a.a. das receitas.

“Para a divisão hospitalar, prevemos receitas líquidas alcançando R$6.931 milhões fomentadas por um maior número de leitos operacionais e preços mais altos, o que poderia impulsionar a alavancagem operacional e a margem Ebitda para expandir 120 pontos base”, avalia a casa. O banco recomenda a compra das ações da Rede D’Or.

Além da Rede D’or, Santander vê Fleury com “maior lucratividade”

O Santander ainda prevê aceleração e expansão de margens da Fleury (FLRY3). “Recentemente, atualizamos a Fleury com base na aceleração das receitas e maior lucratividade. Na nossa visão, o próximo trimestre provavelmente será uma confirmação positiva da nossa expectativa de melhor momento”, comentam os analistas.

Segundo as estimativas, a receita líquida da empresa de saúde deve alcançar R$1.968 milhões, um avanço de 7,1% a.a. A casa também recomenda a compra das ações da Fleury.

Já no caso da Oncoclínicas (ONCO3), com a dívida líquida estável, os investidores têm se concentrado na geração de caixa, que deve melhorar durante o 2T24 na avaliação dos analistas, impulsionada por uma melhor dinâmica de recebíveis. “No entanto, pagamento de built to suit e pagamento de juros de debêntures provavelmente levarão a geração de fluxo de caixa livre a um território ligeiramente negativo”, alertam.

No geral, o lucro líquido ajustado tem perspectiva para alcançar R$32 milhões no trimestre. O banco tem recomendação neutra/negativa para as ações da Oncoclínicas.

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Finalizando o top 5 das empresas de saúde, a Hypera é o destaque negativo por ainda enfrentar um momento fraco de lucros. “A empresa tem uma base comparativa difícil em termos de crescimento e como a febre dengue impactou negativamente a demanda por produtos de maior margem. Além disso, temperaturas mais altas este ano e o número de doenças respiratórias permanecem como ventos contrários negativos”, explicam os analistas.

É estimada uma diminuição de receita de 2% a.a. nesse trimestre, enquanto o Ebitda ajustado poderia diminuir em 70 pontos base. Ainda, é esperado que o lucro líquido ajustado alcance R$479 milhões. A ação da Hypera não contou com recomendação do Santander, como o banco fez com a Rede D’or .