- Carteiras de renda fixa de duração baixa e risco soberano captaram R$ 38,9 bi no ano
- Movimento exige cautela, pois existem investimentos com baixa rentabilidade que perdem até da inflação
- Com inflação de 3,67%, aplicações que registraram ganhos reais foram as indexadas a taxa de 100% do DI e isentas do IR
Em momentos de crise, tudo que o investidor mais quer é preservar seu patrimônio e continuar com liquidez em suas aplicações. Por isso, muitos estão voltando a apostar no mercado de renda fixa para sobreviver à instabilidade do mercado. Esse movimento, no entanto, exige cautela, pois existem investimentos com baixa rentabilidade que perdem até para a inflação.
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Em números, até o dia 20 de março, às carteiras de renda fixa de duração baixa e risco soberano captaram R$ 38,9 bilhões no ano, sendo R$ 24 bilhões apenas no mês de março.
Neste contexto, diante de uma inflação de 3,67% em doze meses até o dia 15 de março, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA 15), as únicas aplicações financeiras em renda fixa que registraram ganhos reais foram aquelas indexadas a taxa de 100% do depósito interfinanceiro (DI) e isentas do Imposto de Renda (IR) para pessoa física.
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Mesmo assim, a rentabilidade deles não foi grande. Para o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, mesmo com o baixo ganho real dessas aplicações, esses papéis continuam atraindo investidores, pois muitos deles não estão preocupados com o retorno, e sim em se proteger. “É o conservador que busca preservar seu patrimônio de riscos”, diz ele.
Em papéis como LCIs e LCAs, o ganho real foi de apenas 0,83%. Em um CDB DI de dois anos e um dia (721 dias), após o pagamento da alíquota de 15% sobre os ganhos de capital, o ganho real foi de apenas 0,15% nos últimos doze meses.
Já em um certificado de depósito bancário (CDB DI) com prazo de um ano (360 dias), o prejuízo em relação à inflação, após a cobrança da alíquota de 20% sobre os ganhos de capital, foi de 0,07%.
COLABOROU: MATEUS APUD