A Genial Investimentos fez mudanças em todos os perfis de sua carteira recomendada de investimentos da renda fixa. A corretora está retirando a exposição aos ativos prefixados. Diz que o movimento de fechamento da curva futura de juros será mais demorado do que os analistas projetavam.
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“No lugar do papel prefixado, adicionamos mais um ativo indexado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) para capturar o movimento de abertura da curva de juros. Incorporamos em nossa carteira agressiva (Performance) o Tesouro Selic como um papel com liquidez diária para fácil alteração da alocação caso o cenário mude rapidamente”, afirmam Eduardo Nishio e sua equipe.
Na visão dos especialistas, o mês de outubro intensifica o cenário de juros elevados, com a Selic em 10,75% após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a taxa em setembro em 0,25%, refletindo a inflação ainda acima da meta e incertezas fiscais. A alta do dólar adiciona pressões inflacionárias, principalmente nos preços de importados, elevando os custos para o consumidor final.
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“Diante desse panorama, nossa estratégia para outubro permanece focada em ativos pós-fixados atrelados ao CDI, que oferecem liquidez e proteção em um ambiente de incertezas. Também identificamos oportunidades em títulos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que proporcionam proteção contra a inflação, especialmente com o preço dos combustíveis e da energia pressionando o índice”, argumentam Nishio e sua equipe.
Eles comentam ainda que a recente queda de juros nos EUA, com a taxa indo para o intervalo de 4,75% a 5,00%, pode influenciar o câmbio e trazer algum alívio. Porém, os analistas dizem que seguem atentos às tendências inflacionárias globais e à desaceleração econômica. Portanto, eles reforçaram a importância de uma alocação diversificada, ajustando o portfólio conforme as condições de mercado evoluem, sempre com foco em preservação de capital e liquidez. Vale lembrar que esses investimentos rendem mais que a poupança.
“Ao abordar o processo de alocação, continuamos a enfatizar a importância de manter uma carteira diversificada entre setores e perfis de risco. A alocação em ativos indexados ao CDI permanece essencial para um portfólio equilibrado, principalmente em um momento de abertura da curva de juros no curto prazo, oferecendo oportunidades interessantes”, explicam.
Quais são os melhores investimentos da renda fixa agora?
A Genial Investimentos divide sua carteira em três perfis, o conservador, moderado e o agressivo. Na carteira conservadora, a corretora fez três mudanças. Os analistas retiraram o Certificado de Depósito Bancário (CDB) prefixado do Banco Agibank e colocaram no lugar a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) do Banco Inter com vencimento de 2 anos.
Os especialistas também embutiram dentro do porcentual do CDB do Agibank o Tesouro Selic 2029. A equipe da Genial manteve o Exchange Traded Fund (ETF) atrelado ao Tesouro IPCA (B5P211) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) do Banco ABC em suas recomendações para os próximos 30 dias.
No perfil moderado, os analistas incluíram o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Faro Energy para maior diversificação em crédito privado e retornos superiores ao Tesouro IPCA. A corretora comenta ainda que a maior alocação da carteira moderada deve ficar na LCA do Banco ABC e na LCI do Inter, visto que ambos garantem liquidez e estabilidade. Eles também recomendam o investidor aportar no Tesouro IPCA+ 2029, para se proteger contra a inflação no médio prazo.
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Para o investidor agressivo, a diversificação da carteira é ainda maior. Os analistas apontam que a inclusão do Tesouro Selic 2029 oferece liquidez para movimentações rápidas, enquanto o Tesouro IPCA+ 2029 e o CRI da Faro Energy garantem proteção contra inflação e diversificação. A alocação em ABC e LCI Inter reforça o portfólio com ativos pós-fixados, proporcionando estabilidade e capturando ganhos com a abertura da curva de juros no curto prazo. Veja a seguir a distribuição dos perfis de cada investidor na renda fixa.
