- A expectativa do mercado é que a BC mantenha a taxa Selic em 13,75% ao ano
- A projeção dos analistas é que a Selic comece a cair apenas no segundo semestre do ano
- Diante deste cenário, a preferência do investidor deve continuar a ser por investimentos pós-fixados
Nesta quarta-feira (1), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez consecutiva..
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A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano pouco abaixo do nível atual, chegando a 12,50%, de acordo com economistas ouvidos pelo boletim Focus.
Neste patamar de juros a renda fixa continua sendo a queridinha dos investidores, pois a classe de ativos se torna, além de segura, rentável.
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Veja abaixo quanto rendem R$ 10 mil em diferentes investimentos e prazos com a Selic a 13,75% ao ano. Os valores do cálculo são líquidos de taxas e o Imposto de Renda:
Meses | CDBs de bancos médios (115% CDI) | CDB de bancos grandes )(100% CDI) | Tesouro Selic | Fundos DI (com 0,5% de taxa de administração) | Poupança |
6 | R$ 10.595,03 | R$ 10.519,33 | R$ 10.510,48 | R$ 10.500,89 | R$ 10.470,53 |
12 | R$ 11.265,00 | R$ 11.100,00 | R$ 11.080,80 | R$ 11.060,00 | R$ 10.935,90 |
18 | R$ 12.019,29 | R$ 11.748,94 | R$ 11.717,62 | R$ 11.683,71 | R$ 11.393,40 |
24 | R$ 12.868,78 | R$ 12.474,10 | R$ 12.428,57 | R$ 12.379,34 | R$ 11.867,71 |
30 | R$ 13.706,34 | R$ 13.182,91 | R$ 13.122,80 | R$ 13.057,86 | R$ 12.368,88 |
Fonte: Michel Viriato/ Casa do Investidor
No cálculo foi considera a taxa de juros futura para cada prazo. A taxa de juros futura muda diariamente.
Quando a Selic fica acima de 8% a poupança rende sempre 0,5% ao mês mais a taxa referencial. Já outros investimentos, atrelados à taxa de juros, geram maior rentabilidade quanto maior é a taxa. Isso deixa a caderneta na lanterninha dos investimentos mais rentáveis.
Onde investir agora
Em um momento de juros estáveis e cenário econômico que exige cautela, Christopher Galvão, analista de renda fixa da casa de análises Nord, aponta que a preferência do investidor deve continuar a ser por investimentos pós-fixados.
Diante de falas desencontradas da equipe do novo governo federal sobre controle de gastos, Galvão acredita que ainda existam problemas fiscais no horizonte, o que deve manter os juros em alta por mais tempo. Como os investimentos pós-fixados se beneficiam desse cenário, eles são os mais recomendados agora.
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Mas isso não significa que o investidor deva deixar de olhar para outras aplicações, como títulos atrelados ao IPCA, mesmo com o arrefecimento da alta de preços no País.
Veja abaixo as aplicações mais indicadas pelo analista:
LCI e LCA com liquidez diária
O especialista sugere aplicações com taxas acima de 92% do CDI, o que a torna equivalente a um CDB que paga 113% do CDI.
Contudo, esses títulos somente são recomendados para quem pode esperar ao menos 90 dias para resgatar o dinheiro.
CRIs e CRAs indexados ao IPCA isentos de IR
Existem aplicações no mercado que pagam uma remuneração de IPCA + 7%. É uma taxa interessante, dependendo da empresa que é emissora do título de dívida, explica Galvão. “A preferência deve ser por empresas sólidas”.
Esses títulos somente fazem sentido para o investidor que mira objetivos de médio e longo prazo, pois têm vencimentos mais longos, entre 5 e 7 anos. “Em um momento de estabilidade da curva de juros, prazos maiores não compensam”.
Tesouro Selic
O título do Tesouro Direto continua a ser o mais recomendado para a reserva de emergência.
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