- O dinheiro da restituição será pago no dia 30 de junho. Para checar se você será contemplado, a consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet
- A recomendação dos especialistas é montar um fundo de emergência com três a nove salários investidos em ativos com alta liquidez e baixa volatilidade
- A alocação em fundos de investimento também é uma boa opção para o uso da restituição do IR
Nesta quinta-feira (24), a Receita Federal liberou a consulta ao segundo dos cinco lotes de restituição do Imposto de Renda de 2022. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores e 4.250.448 contribuintes receberão R$ 6,3 bilhões.
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O dinheiro será pago no dia 30 de junho. Para checar se você será contemplado, a consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar no campo Meu Imposto de Renda e, em seguida, Consultar Restituição. A consulta também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os smartphones dos sistemas Android e iOS.
Inicialmente prevista para terminar em 29 de abril, o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física foi adiado para 31 de maio para diminuir os efeitos da pandemia de covid-19 que pudessem prejudicar o envio, como atraso na obtenção de comprovantes. Apesar do adiamento, o calendário original de restituição foi mantido, com cinco lotes a serem pagos entre maio e setembro, sempre no último dia útil de cada mês.
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A restituição será depositada na conta bancária informada na declaração de Imposto de Renda. Se, por algum motivo o crédito não for realizado, como no caso de conta informada desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.
Como investir a restituição do imposto de renda
Quem ainda está começando a investir, é importante fazer o pagamento de dívidas e priorizar uma reserva de emergência para dar segurança em situações de gastos inesperados. Para quem já planeja a aposentadoria, essa também pode ser a chance de investir na previdência privada.
“O maior investimento que você pode fazer é cortar taxas de juros de empréstimos anteriores e reduzir esse peso do seu orçamento mensal”, afirma Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, em entrevista ao E-Investidor.
Mas se você não tem dívidas para liquidar, a recomendação dos especialistas é montar um fundo de emergência com três a nove salários investidos em ativos com alta liquidez e baixa volatilidade. Os ativos de renda fixa são os mais aconselháveis para investir na reserva.
Os títulos que acompanham a taxa básica de juros, como o Tesouro Direto, podem ter rendimento maior do que a poupança, dependendo do tempo que permanecer aplicado. Os Certificados de Depósitos Bancários (CBD) também são opções para construir a reserva de emergência. Esses ativos são títulos emitidos por bancos e instituições financeiras para empréstimo a terceiros. Os CBDs possuem prazo e liquidez definidos pelo emissor, do mesmo modo que as LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio).
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Depois da construção de uma carteira de emergência, é importante conhecer o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado. “É importante ressaltar que o fundo de emergência é para todos os perfis. Depois de ter a reserva e conhecer seu perfil, o investidor deve traçar objetivos desejados, se são de curto, médio ou longo prazos”, destaca Pasianotto.
Fundos de investimento no radar
A alocação em fundos de investimento também é uma boa opção para o uso da restituição do RI. Eles podem ser de renda fixa, variável ou um mix das duas classes. O importante é que os fundos funcionam como uma forma de diversificar a sua carteira de investimentos. Eles podem ainda ter foco nos mercados de câmbio ou imobiliário e podem seguir índices do mercado financeiro ou setores específicos como tecnologia, varejo, energia, entre diversas outras possibilidades.
Os fundos são interessantes para quem pode deixar o dinheiro aplicado por um tempo, sem se preocupar com o resgate no curto prazo. Ainda assim, é importante ter o acompanhamento de um especialista em investimentos, além de se manter por dentro das notícias e estudar o mercado.
*Com Agência Brasil
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