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Stuhlberger: volume de investimento estrangeiro na B3 foi uma surpresa

Valorização do dólar, caindo abaixo de R$ 5,30, também foi inesperada, segundo presidente da Verde Asset

Stuhlberger: volume de investimento estrangeiro na B3 foi uma surpresa
Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset e gestor do Fundo Verde (Foto: Divulgação Verde)
  • O sócio fundador e presidente da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, afirmou há pouco que ficou surpreso com o volume de investimentos estrangeiros na B3, que soma R$ 28 bilhões até o último dia 27
  • Para o gestor, esse movimento é uma mostra de que, quando os preços estão baratos, o "gringo entra"

Altamiro Silva Junior e Eduardo Laguna – O sócio fundador e presidente da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, afirmou há pouco que ficou surpreso com o volume de investimentos estrangeiros na B3, que soma R$ 28 bilhões até o último dia 27. Na virada do ano, era difícil imaginar esse nível de fluxo, disse ele há pouco em evento do Credit Suisse. Com isso, o real também acabou mostrando uma “inesperada” valorização, com o dólar saindo da casa dos R$ 5,60 e hoje caindo abaixo de R$ 5,30. “O mundo é cheio de surpresas.”

“Se alguém dissesse pra mim na virada do ano, qual a chance disso acontecer, é a opção de que 100 vale 1, se tanto”, disse Stuhlberger ao falar do fluxo de estrangeiros em janeiro. Para o gestor, esse movimento é uma mostra de que, quando os preços estão baratos, o “gringo entra”. “O gringo talvez olho o governo de Lula com um certo pragmatismo.”

O ambiente se desenhava pouco favorável para a Bolsa, comentou o gestor da Verde. Na virada do ano, pessoas físicas estavam saindo da bolsa, por conta da alta de juros, além disso, populismo na economia, com a quebra do teto de gastos, também recomendava cautela.

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Stuhlberger disse que ainda é difícil dizer se este movimento dos estrangeiros em direção à B3 teve relação com o que acontece na China, com a economia perdendo força, e nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve elevar os juros de forma mais intensa em 2022.

Sobre a China, o gestor e sócio-fundador da SPX Capital, Rogério Xavier, que participou do mesmo debate, afirmou não acreditar que a China vai conseguir voltar a crescer a taxas que ela crescia no passado. Para o tamanho atual do país asiático, ter expansão de 4% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano é o cenário mais provável. “Há uma clara desaceleração.”

Stuhlberger afirmou que a China foi um dos países que mais lançou mão de estímulos monetários no passado recente. Para o gestor, a China vai saber lidar “de forma saudável” com um nível menor de crescimento. Se 1% do investimento estrangeiro que vai para a China vier para o Brasil, o país vai se beneficiar muito, afirmou.

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