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Vale a pena incluir CDB em uma carteira arrojada?

Atrelado à renda fixa, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é o tipo de investimento que se adapta a diferentes perfis de investidores; conheça opções

Vale a pena incluir CDB em uma carteira arrojada?
(Foto: Shutterstock)
  • Ter ativos dentro desse segmento é importante em carteiras arrojadas por um motivo simples: ajuda a diversificar os investimentos, uma das regras de ouro de qualquer investidor
  • Investir em renda fixa é uma boa opção para quem não está disposto a maiores riscos

(Mônica Wanderley da Silva, especial para o E-Investidor) – A diminuição dos rendimentos da renda fixa fez muitos brasileiros se voltarem à renda variável para obter um maior retorno do patrimônio investido. De acordo com os dados da B3, que é a bolsa de valores brasileira, o ano de 2020 recebeu 3,2 milhões de novos cadastros em sua base de dados, número 92,1% maior do que o registrado em 2019.

Com essa migração, criou-se a ideia de que investir em títulos de renda fixa, como Tesouro Selic, Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Certificado de Depósito Bancário (CDB), não seria uma opção de investimento rentável.

Apesar de o panorama atual reforçar esse pensamento, é importante analisar a relevância de investimentos de renda fixa quando se pensa na sustentabilidade de uma carteira de investimentos a longo prazo — mesmo se ela for arrojada.

Os benefícios da diversificação

Mesmo que os títulos de renda fixa não tragam mais os mesmos rendimentos vistos em 2015 (quando a Selic, por exemplo, ultrapassou a taxa de 14% ao ano), ter ativos dentro desse segmento é importante em carteiras arrojadas por um motivo simples: ajuda a diversificar a carteira de investimentos, uma das regras de ouro de qualquer investidor.

Mão segura moedas apoiadas numa superfície escura
Diversificar os investimentos proporciona mais segurança e ajuda o investidor a entender o mercado de forma abrangente. (Foto: Olivier Le Moal/Shutterstock)

 

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De forma geral, contar com diversas modalidades de aplicação proporciona os seguintes benefícios ao investidor:

  • Redução de risco — o ditado “não coloque todos os seus ovos em uma única cesta”, apesar de clichê, tem seu fundo de verdade. O economista Harry Markowitz valida essa máxima ao propor a “teoria do portfólio”.
  • Maior chance de ganhos — ao não se limitar a um único segmento financeiro, é possível aproveitar outras oportunidades de negócio e expandir os rendimentos.
  • Comodidade — não podemos desconsiderar a volatilidade do mercado financeiro, e distribuir a renda em diversos setores pode ser essencial para garantir certa estabilidade.
  • Conhecimento — ao injetar dinheiro em diferentes lugares, é possível entender o mercado de forma mais abrangente e, assim, identificar oportunidades que não seriam tão óbvias sem uma visão mais macro.

Apesar de a composição de uma carteira de investimentos ser um processo pessoal, existe uma divisão de perfil que pode servir de apoio para quem busca um equilíbrio entre renda fixa e variável que seja compatível com seu estilo de investimento. Veja a seguir.

  • Conservador: cerca de 90% da carteira em renda fixa, e o restante em renda variável.
  • Moderado: cerca de 80% na renda fixa, e o restante em renda variável.
  • Arrojado: cerca de 60% na renda fixa, e o restante na renda variável.

Sendo assim, mesmo os investidores mais dispostos ao risco devem ter em sua carteira títulos de CDB, a fim de garantir uma reserva de segurança para aportes mais ousados.

O lugar do CDB na sua carteira de investimentos

Como, dentro de uma estratégia clássica de investimento (mesmo em carteiras arrojadas), a renda fixa precisa ocupar pelo menos 50% do portfólio, buscar títulos que proporcionem bom custo-benefício é importante para garantir que o patrimônio não renda menos do que a inflação. E é nesse momento que o CDB se apresenta como uma opção de investimento válida.

O Certificado de Depósito Bancário é um tipo de empréstimo feito pelos bancos para pessoas físicas ou jurídicas, no qual se compromete a devolver todo o valor emprestado mais uma quantia extra escolhida no momento (prefixado) ou atrelada a outros indicadores econômicos (pós-fixado).

Mão segura moeda a depositar em jarro com plantas
O mercado recomenda que mesmo os investidores mais arrojados tenham a maioria de seus investimentos alocados na renda fixa. (Foto: Sasin Paraksa / Shutterstock)

Esse ativo se destaca por permitir a compra de títulos com liquidez diária, o que permite um resgate rápido do valor sem penalidades, e por sua cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que dá segurança no retorno do valor investido.

Como escolher o melhor CDB?

Para decidir qual é o certificado mais adequado às suas necessidades, é preciso analisar três aspectos iniciais, citados a seguir.

  • Credibilidade da instituição financeira: bancos médios ou menores têm CDBs mais rentáveis, porém existe uma desconfiança em investir em uma empresa desconhecida. Nesse caso, a pesquisa a órgãos públicos será sua maior aliada.
  • Objetivo: a rentabilidade do CDB é medida pelo Certificado de Depósito Interbancário (ou CDI), que é responsável por gerenciar a rentabilidade dos principais ativos de renda fixa no Brasil. Se você deseja utilizar o CDB como um “depósito” para renda física, qualquer investimento com liquidez diária e acima de 100% já atende a suas necessidades. Caso o objetivo seja rendimento, é importante buscar opções acima de 110%.
  • Tipo de CDB: para o prefixado, cujo rendimento já é anunciado no momento da aplicação, é importante buscar por CDBs que ofereçam rendimentos acima de 110%. Já para o pós-fixado vale pesquisar por títulos atrelados ao IPCA, índice que ajuda a manter o valor investido acima do nível da inflação corrente.

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