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Investimentos

Vale a pena investir nas ações da Vale (VALE3)?

A mineradora brasileira mostra endividamento baixo e a robustez operacional e financeira da empresa, mas será que vale a pena investir?

Vale a pena investir nas ações da Vale (VALE3)?
Veja quais são as estimativas de dividendos para a Vale (Foto: Adobe Stock)

Apesar de ser uma das maiores mineradoras do mundo, a ação da Vale (VALE3) acumula queda de mais de 20% neste ano. Mas, apesar da recente desvalorização, os papéis da companhia continuam no radar dos agentes do mercado, com riscos e oportunidades à vista.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, cita que são três os riscos de investir na Vale: o cenário na China, a mudança de CEO – como explicamos nesta reportagem – e as indenizações envolvendo Mariana e Brumadinho. Destes, a troca de CEO já foi resolvida.

Leia mais: Mineradora desafia Vale (VALE3) e enche o bolso do investidor com dividendos

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Segundo o analista da Ativa, a escolha de um nome interno da empresa, que trabalhava desde 2021 na Vale, foi uma decisão acertada. “Devemos ver bastante do método feito pela gestão de Eduardo Bartolomeo também na gestão de Gustavo Pimenta”, avalia.

Para Poladian, a nomeação de Pimenta eliminou um grande risco para Vale, evitando a escolha de um nome por razões políticas. Como Pimenta ocupava o cargo de CFO da Vale, Poladian não enxerga que a nomeação possa afetar a política de distribuição de dividendos da Vale. A expectativa é de continuidade.

Leia mais: O que o novo presidente da Vale (VALE3) pensa sobre a estratégia de dividendos?

Já em relação aos acordos de Mariana e Brumadinho, Arbetman espera uma finalização do processo até o final de 2024.

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Entre as vantagens de investir na Vale, Bueno cita o endividamento baixo e a robustez operacional e financeira da empresa, que vem gerando muito caixa mesmo com o minério de ferro nos níveis atuais. “Com essa alavancagem confortável consegue continuar distribuindo bons dividendos”, destaca.

Bueno também cita que nos preços atuais a companhia compensa as incertezas. Observando o múltiplo EV/Ebitda ela estaria negociando a 3,60 vezes e estaria mais descontada do que a CSN Mineração que negocia a 3,96 EV/Ebitda.

O mesmo ocorre ao observar o múltiplo preço sobre lucro (P/L), em que a Vale estaria negociando a 5,36 vezes e a CSN Mineração a 7,03 vezes.

Marco Saravalle, analista CNPI-P e sócio-fundador da MSX Invest, destaca que olhando os múltiplos projetados para 2025 o cenário se repete, com a Vale apresentando o maior desconto. No múltiplo EV/Ebitda para 2025, ele enxerga a Vale negociando perto de 5 vezes, enquanto na CSN Mineração esse indicador é de cerca de 8 vezes.

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Já em relação ao preço sobre valor patrimonial (P/VP), a Vale (VALE3) negociaria perto de uma vez em 2025, enquanto a CSN Mineração estaria mais próxima do que 2,5 vezes. “Quando olhamos as projeções para 2025, os números são mais elevados para CSN Mineração do que Vale”, comenta Saravalle.

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