Investimentos

Brasil está bem preparado para lidar com a Ômicron, diz Verde Asset

O fundo multimercado Verde Fic Fim caiu 0,24% em novembro e acumula desvalorização de 3,19% em 2021

Fundo Verde é comandado pelo megainvestidor Luis Stuhlberger. Foto: Iara Morselli/Estadão
  • Em seu relatório divulgado nesta segunda-feira, 13, a gestora que administra R$ 50 bilhões traça o cenário turbulento por que passaram os seus fundos de investimento no mês passado
  • Já do ponto de vista global, a Verde entende que a transição de política monetária dos Estados Unidos é um processo bem mais complicado e sujeito a riscos

Novembro foi um mês complexo para os ativos de risco, devido às oscilações exacerbadas pelo temor global com a variante Ômicron do coronavírus. A definição é dada pela Verde Asset, que vê o Brasil preparado para lidar com a nova forma da covid-19.

Em seu relatório divulgado na segunda-feira (13), a gestora que administra R$ 50 bilhões traça o cenário turbulento por que passaram os seus fundos de investimento no mês passado.

“Os mercados se depararam nas últimas semanas com duas questões simultâneas: a emergência de uma nova variante da covid, potencialmente muito mais contagiosa, ao mesmo tempo que o Federal Reserve executava os primeiros passos de uma guinada em uma direção de política monetária bem menos frouxa do que tivemos nos últimos vinte meses”, diz a gestora no relatório.

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Para se ter ideia, o fundo multimercado Verde Fic Fim caiu 0,24% em novembro e acumula desvalorização de 3,19% em 2021. A fim de comparação, nos mesmos períodos, o CDI tem alta de 0,59% e 3,60%, respectivamente.

Sobre a Ômicron, a Verde avalia que o País deverá passar por algo similar ao enfrentado com a variante delta: “uma forte onda de novos casos, mas sem grande severidade nem pressão nos sistemas hospitalares”.

“Em geral, a necessidade de doses de reforço das vacinas (os boosters) fica mais premente e, nesse sentido, o Brasil está bem colocado: não só tem cobertura vacinal muito boa, como está se movendo rápido para aplicar os boosters”, diz a gestora.

Outro ponto de sustento do otimismo da Asset são as novas drogas antivirais orais, como o Paxlovid da Pfizer, que, para a Verde, devem ter papel importante em gerenciar a transição da pandemia em endemia ao longo de 2022.

Em novembro, a Pfizer informou que a pílula teve eficácia de 89% na redução do risco de internação ou morte entre pessoas com casos graves de covid-19, de acordo com resultados preliminares de um estudo de fase 2/3, conduzido pela farmacêutica.

Já do ponto de vista global, a Verde entende que a transição de política monetária dos Estados Unidos é um processo bem mais complicado e sujeito a riscos.

“O Fed parece estar reconhecendo que a inflação passou do razoável – inclusive se tornando um problema político para o governo Biden – e precisa agir de maneira mais célere na redução dos estímulos”, escreve a gestora.