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Conheça as apostas de Wall Street em energia verde

Investidores apontam que evitar investimentos em combustíveis fósseis é pouco prático

Conheça as apostas de Wall Street em energia verde
Fachada de concrecto com a palavra Wall Street com letras em dourado Foto: Shannon Stapleton/Reuters
  • O montante levantado por meio de bônus e empréstimos para projetos verdes e para companhias de petróleo e gás foi quase idêntico no ano passado, de cerca de US$ 570 bilhões, segundo a Dealogic
  • A lei aprovada na sexta-feira pela Câmara dos Representantes americana parece adotar abordagem similar
  • Para os republicanos, a legislação prejudicará a economia

A legislação sobre clima e energia que o Congresso dos Estados Unidos aprovou recentemente inclui gastos tanto para startups de energia renovável quanto para produtoras de combustível fóssil. A estratégia abrangente, mesmo que aparentemente contraditória, é também a de muitos em Wall Street neste momento.

Enquanto coloca dinheiro em projetos para reduzir emissões de carbono, as empresas de Wall Street também continuam a financiar companhias de petróleo e gás, por meio de empréstimos diretos, compra de dívida ou investimento em infraestrutura.

O montante levantado por meio de bônus e empréstimos para projetos verdes e para companhias de petróleo e gás foi quase idêntico no ano passado, de cerca de US$ 570 bilhões, segundo a Dealogic. Embora o levantamento de fundos nas duas áreas tenha desacelerado com a volatilidade do mercado neste ano, a proporção de financiamento de combustível verde em relação ao fóssil tem ficado em geral similar.

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Evitar totalmente os investimentos em combustível fóssil é algo pouco prático, dizem muitos investidores, já que petróleo, gás e carvão ainda representam cerca de 80% da energia global. A falta de energia e alimentos, motivada pela guerra na Ucrânia, consolida essa realidade, além de ilustrar riscos de mudanças apressadas para abandonar combustíveis fósseis em algumas nações europeias.

A lei aprovada na sexta-feira pela Câmara dos Representantes americana parece adotar abordagem similar. Essa filosofia está refletida em muitos portfólios de investimento, mesmo entre aqueles que desejam direcionar dinheiro para combater riscos de mudanças climáticas. Oficialmente parte do chamado “Inflation Reduction Act”, o pacote de gastos em energia deve ser assinado nesta semana como lei pelo presidente Joe Biden.

A legislação usa créditos tributários a fim de fomentar investimentos em veículos elétricos, energia renovável e baterias. Há verba para ampliar a exploração de petróleo e gás e também créditos tributários para tecnologias nascentes, como a captura de carbono e hidrogênio, a fim de impulsionar investimentos nessas áreas.

Para os republicanos, a legislação prejudicará a economia. Alguns grupos do setor de petróleo criticam o aumento de taxas para vazamentos de metano, entre outros pontos. Também há críticas de que a legislação não faz o suficiente nem adota medidas agressivas para ajudar o país a cumprir suas metas no clima. Para muitos investidores envolvidos no setor do clima, contudo, a legislação mista é apoiada, já que segundo eles isso pode estabelecer um campo de disputa justo entre renováveis e combustíveis fósseis, deixando o mercado decidir quais soluções favorece e reduzindo as emissões com o tempo.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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