Abertura de Mercado: petróleo e dados de atividade limitam alta no exterior; Ibovespa repercute PIB e Petrobras. Confira o que esperar desta quinta-feira
As Bolsas na Europa sobem nesta manhã de quinta-feira (1), porém exibem fôlego curto, limitadas pela fraqueza do petróleo e após fracos dados de atividade medidos pelos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) no Japão, na China, na zona do euro e na Alemanha. Nos Estados Unidos, os índices futuros das Bolsas de Nova York caem, refletindo uma realização de lucros após os mercados à vista terem subido ontem na esteira das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que sinalizou alta de juros menor já a partir da reunião de dezembro, no próximo dia 14.
Enquanto isso, os investidores aguardam indicadores econômicos, como os dados de inflação ao consumidor do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoa (PCE, na sigla em inglês) em outubro, medida preferida pelos dirigentes do banco central dos Estados Unidos, bem com o PMI que pode trazer pistas também sobre o ritmo da inflação e atividade econômica no país.
O dólar opera em baixa, enquanto os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) estão mistos, com investidores à espera também do relatório de empregos payroll dos EUA, que será divulgado amanhã. O minério de ferro fechou próximo da estabilidade (-0,07%) em Dalian, aos US$ 108,30.
No Brasil, os mercados locais podem ficar mais sensíveis ao desempenho dos ativos no exterior enquanto aguardam notícias relacionadas ao front político-econômico e monitoram a agenda econômica que hoje traz o resultado do Produto Interno Bruto (PIB). Depois do crescimento da atividade de 1,0% no primeiro trimestre e de 1,2% no segundo, o mercado esperava perda de tração no terceiro trimestre – com teto das estimativas em 0,9%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou alta do PIB do terceiro trimestre em 0,4% na comparação com o segundo trimestre e em 3,6% ante o mesmo período de 2021.
Na Bolsa, os investidores devem repercutir o Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras, apresentado ontem à noite.
Agenda econômica
Brasil: Os resultados do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de novembro, do PIB do terceiro trimestre (9h), do PMI industrial de outubro (10h) e da balança comercial do mês passado (15h) são os destaques da agenda. Para o PIB, a mediana das estimativas é de alta de 0,64%, após +0,69% em outubro, e na comparação interanual, expansão de 3,6%, ante 3,2% no segundo trimestre. Um superávit comercial de US$ 5,30 bilhões em novembro também é a mediana esperada pelos economistas, após US$ 3,918 bilhões positivos em outubro.
A Petrobras realiza encontro com analistas e investidores durante o Petrobras Day. O Banco Central faz dois leilões de linha cambial simultâneos de até US$ 2 bilhões (10h25) e rolagem de swap cambial (11h30), enquanto o Tesouro oferta LTN e NTN-F (11h). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa, de evento.
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EUA: Serão publicados dados sobre gastos com consumo, renda pessoal e o índice de preços de gastos com consumo PCE (10h30), além de PMIs final de novembro da S&PGlobal (11h45), do ISM (12h) e S&P Global/JPMorgan (13h). A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan (11h25) participa de evento público.
Europa: O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane (13h45) e o dirigente da instituição Frank Elderson (14h30) participam de eventos públicos. A presidente do BCE, Christine Lagarde comparece a encontro do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e Banco da Tailândia (23h40).
