Abertura de Mercado: dados de inflação nos Estados Unidos seguem direcionando as bolsas em meio à preocupação fiscal no Brasil

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O destaque do dia é a leitura da inflação ao produtor (PPI) relativa a agosto dos EUA
O dado de inflação ao consumidor americano (CPI) deixou dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve
O fôlego deva ser limitado pelas preocupações em torno das contas públicas, que seguem distante dos R$ 168 bilhões estimados de recursos extras no próximo ano para zerar o déficit

A quinta-feira (14) começa com mercados internacionais em alta, embora a maior parte dos investidores aguarde a publicação de novos dados nos Estados Unidos para calibrar o seu apetite por risco hoje. O dado de inflação ao consumidor americano (CPI) deixou dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Os índices futuros sobem moderadamente em Nova York, assim como o ânimo também é moderado nos mercados à vista na Europa. O dólar opera perto da estabilidade ante outras moedas fortes, enquanto os contratos futuros do petróleo avançam e os preços futuros do minério de ferro registraram ganhos de 0,82% na madrugada em Dalian, cotados a US$ 118,74 por tonelada.

O exterior sugere a continuidade do movimento positivo observado ao longo da semana, ainda que o fôlego deva ser limitado pelas preocupações em torno das contas públicas, que seguem distante dos R$ 168 bilhões estimados de recursos extras no próximo ano para zerar o déficit.

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A Câmara aprovou na quarta-feira (13) o projeto de lei que regulamenta a tributação das apostas esportivas e outros jogos online e, de acordo com os cálculos dos Parlamentares, o potencial arrecadatório da medida pode variar de R$ 12 bilhões a R$ 18 bilhões em um mercado regulado (embora, para 2024, a cifra prevista no Orçamento seja de R$ 728 milhões).

Agenda econômica

Brasil: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o volume de serviços de julho ainda antes da abertura dos mercados (9h), sendo que o indicador deve avançar 0,5%, após alta de 0,2% em junho, de acordo com o consenso de mercado. Na comparação anual, as projeções indicam crescimento de 3,5% para o setor, ante alta de 4,1% em junho.

EUA: A leitura da inflação ao produtor (PPI) relativa a agosto, as vendas no varejo do mês passado e os pedidos semanais de auxílio-desemprego são os destaques do dia e serão conhecidas ainda pela manhã (9h30). Para o dado de inflação, espera-se alta mensal de 0,4% e de 1,2% em base anual, vindos de 0,3% e 0,8%, respectivamente, em julho.

Europa: O Banco Central Europeu (BCE) informa sua decisão de política monetária (9h15), seguida de coletiva da presidente da instituição, Christine Lagarde (9h45).

China: O Banco do Povo da China (PBoC) disse hoje que irá reduzir o montante de depósitos que bancos locais precisam separar como reservas, de forma a manter a liquidez em níveis “razoáveis e suficientes”, em mais uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico este ano. Em comunicado, o PBoC anunciou que irá reduzir a taxa de compulsório bancário em 0,25 pp, o que trará a taxa média para o sistema bancário como um todo para cerca de 7,4%. A alteração entrará em vigor nesta sexta-feira.