Na sessão mais aguardada da semana, os mercados operam em alta moderada enquanto os investidores esperam a decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O E-Investidor apurou no mercado as expectativas para a decisão do banco central dos Estados Unidos, assim como para a decisão sobre os juros no Brasil.
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No Brasil, a percepção de que o ciclo de aperto monetário se aproxima do fim e de que as diretrizes econômicas não serão mudadas consideravelmente em uma eventual troca de governo, que fez com que os ativos domésticos tivessem desempenho descolado novamente ontem, pode dar continuidade ao movimento positivo na sessão de hoje.
No entanto, a moderação dos índices acionários no exterior indica uma abertura mais amena na Bolsa brasileira, sem mencionar a possibilidade de inversão de tendência em uma eventual aceleração da alta de juros norte-americanos, durante à tarde.
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As expectativas majoritárias são de que a autoridade monetária dos Estados Unidos eleve seus juros em 0,75 ponto porcentual pela terceira vez seguida, ainda na tentativa de conter o persistente avanço da inflação na maior economia do mundo. Mas uma eventual aceleração desse ritmo de aperto monetário poderia provocar reações mais forte durante à tarde.
Além da decisão em si, as falas do presidente da instituição, Jerome Powell, devem nortear as negociações desta quarta-feira (20), especialmente o debate sobre uma recessão nos EUA.
Assim, as principais bolsas europeias e os índices futuros em Nova York refletem esse cenário com altas, embora o movimento não seja claramente uniforme – o DAX, índice da Bolsa da Alemanha, por
exemplo, recua.
Entre as commodities, o anúncio do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de mobilização militar parcial no país em função da guerra na Ucrânia, fez com que o petróleo reagisse em forte alta, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram mais 0,92% durante a madrugada na bolsa de Dalian, cotados aos US$ 99,78 por tonelada.
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Por fim, no mercado global de moedas, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a demais divisas, avançava agora cedo.
Agenda econômica (21/09)
Brasil: O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da abertura do 30º Congresso & ExpoFenabrave, em São Paulo (11h). Mas o grande evento do dia é o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, após o fechamento de mercado, que pode confirmar a manutenção da Selic em 13,75%, conforme as expectativas de mercado.
EUA: Logo pela manhã serão divulgadas as vendas de moradias (11h). Mas a decisão de política monetária do Fed (15h) é, sem dúvidas, o ponto alto da sessão, para a qual a maioria das estimativas indicam alta de 0,75 ponto porcentual. Em seguida (15h30), o presidente da instituição, Jerome Powell, concederá uma entrevista coletiva.
Europa: A Alemanha fechou um acordo para nacionalizar a gigante do setor de energia Uniper, que foi fortemente afetada pelos cortes de gás natural da Rússia para a Europa. O governo alemão assumirá uma fatia de 99% na Uniper e injetará cerca de 8 bilhões de euros na empresa. A participação será comprada do grupo de energia finlandês Fortum Oyj, atual controlador da Uniper.
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