O que este conteúdo fez por você?
- Os índices futuros de Nova York indicam perdas leves agora pela manhã, enquanto as principais bolsas da Europa lutam para encontrar um rumo claro para os negócios
- Os contratos futuros do petróleo, que operam em alta, após relatos de que a Rússia pode reduzir as exportações da commodity a partir de seus portos ocidentais em 25% já em março
O mercado brasileiro segue pressionado nesta sexta-feira (24) pela possibilidade de uma eventual nova política de preços dos combustíveis da Petrobras (PETR4), além da leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de fevereiro, principalmente no mercado de juros futuros. Enquanto isso, a suspensão das exportações de carne bovina à China após a confirmação de um caso de doença da vaca louca deve contribuir para a determinação da paridade cambial.
Leia também
Ao que tudo indica, a última sessão desta semana deve ser novamente de sinais negativos no exterior, uma vez que os índices futuros de Nova York indicam perdas leves pela manhã, enquanto as principais Bolsas da Europa lutam para encontrar um rumo claro para os negócios. As dúvidas nos mercados são as mesmas, porque o pano de fundo também é o mesmo: as perspectivas de que um aperto monetário prolongado do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e de outros bancos centrais pelo mundo levem as economias desenvolvidas rumo a uma recessão.
Apesar desse ceticismo com a renda variável, outros mercados buscam alguma reação, como acontece com os contratos futuros do petróleo, que operam em alta após relatos de que a Rússia pode reduzir as exportações da commodity a partir de seus portos ocidentais em 25% já em março. Enquanto isso, os preços futuros do minério de ferro dão sequência às quedas em Dalian e fecharam com perdas de 0,22% nesta sexta-feira, cotados ao equivalente à US$ 131,04 por tonelada.
Agenda econômica
Brasil: O IPCA-15 de fevereiro (9h) e a nota do setor externo de janeiro (9h30) são os destaques locais de hoje. Para a inflação, o mercado projeta avanço de 0,72% em fevereiro, a maior taxa para o mês desde 2016 (1,42%), influenciado pela elevação das mensalidades de cursos regulares e da gasolina. Para o setor externo, a projeção é de um déficit de US$ 8,10 bilhões em transações correntes em janeiro e Investimento Direto no País (IDP) positivo de US$ 7,10 bilhões.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Entre os eventos da sessão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulga a bandeira tarifária de março, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) reúne-se com o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates (9h), enquanto os ministros de Portos e Aeroportos, Márcio França, e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, vão se reunir com os prefeitos das nove cidades que compõem a Baixada Santista, em São Paulo.
EUA: O índice de preços de gastos com consumo (PCE) em janeiro (10h30), a leitura final do índice de sentimento do consumidor de fevereiro e as expectativas de inflação para um e cinco anos, da Universidade de Michigan (12h) marcam a agenda de indicadores. Entre os eventos previstos, o diretor do Fed, Philip Jefferson, e a presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester, fazem discursos (12h15), além do dirigente de St. Louis, James Bullard (13h30) e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn(17h30).
Europa: O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, o carro chefe da economia europeia, sofreu contração de 0,4% no quarto trimestre ante o terceiro trimestre, segundo dados finais da Destatis, ficando abaixo da estimativa original e do consenso de mercado, que era de queda de 0,2% em ambos os casos. Na comparação anual, o PIB alemão se expandiu 0,9% entre outubro e dezembro, também frustrando a estimativa de avanço de 1,1%.
Por outro lado, a pesquisa do instituto alemão Gfk apontou que o índice de confiança do consumidor subirá de -33,8 pontos em fevereiro para -30,5 pontos em março, atingindo o maior patamar desde julho do ano passado.
Publicidade