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9 ações que podem se beneficiar do crescimento da China em 2023

Papéis de mineradoras, siderúrgicas e exportadoras de proteína animal devem ter boa performance

9 ações que podem se beneficiar do crescimento da China em 2023
China é a maior compradora de minério do mundo. Foto: REUTERS/Stringer
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  • 2023 começou com uma boa notícia para os mercados globais: a retomada total das atividades na China, depois de quase três anos de restrições
  • O aquecimento da demanda por lá eleva o preço de insumos como o minério de ferro, petróleo, além de itens agrícolas como grãos e carnes; um cenário positivo para as empresas que exportam esses produtos
  • Especialistas destacam quais são as ações que podem se beneficiar da retomada econômica da China neste ano

O ano de 2023 começou com uma boa notícia para os mercados globais: a retomada total das atividades na China, depois de severas restrições por causa da política de covid-zero no país.

A volta de uma das maiores economias ajudou a aquecer as bolsas de valores internacionais, especialmente aquelas mais dependentes das commodities, como é o caso da brasileira. Como reflexo disso, o Ibovespa conseguiu uma alta de mais de 3% em janeiro.

Como a bolsa de valores brasileira é repleta de empresas de commodities, existem algumas boas opções para o investidor que quiser surfar a reabertura na China. O aquecimento da demanda por lá eleva o preço de insumos como o minério de ferro, petróleo, além de itens agrícolas como grãos e carnes; um cenário positivo para as empresas que exportam esses produtos.

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“Em um primeiro momento, o mercado lembra das ligadas a commodities metálicas. Mas todo o resto do setor exportador, como frigoríficos e exportadores de sementes, estará incluído esse movimento”, destaca Gustavo Cruz, Estrategista da RB Investimentos.

Como mostramos nesta reportagem, desde o fim do ano passado, quando o governo chinês começou a aliviar as medidas de restrição da pandemia, especialistas voltaram a acreditar em um crescimento perto de 5% no PIB (Produto Interno Bruto) do gigante asiático.

Se o cenário se concretizar, as ações de algumas empresas brasileiras devem se beneficiar. Veja algumas:

Metais

O primeiro grupo de empresas que vem à mente quando o assunto é China são as mineradoras e siderúrgicas, ligadas à produção e exportação de minério de ferro. A reabertura por lá inclusive já beneficiou as ações de empresas como a CSN Mineração (CMIN3) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), que encerraram janeiro entre as maiores altas do mês no Ibovespa.

A CSN deve ser uma das maiores beneficiadas, ao lado da Vale (VALE3) e da Gerdau (GGBR4), destaca Lucas Almeida, especialista em investimentos e sócio da AVG Capital.

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“Das 30 medidas estruturais adotadas para a reabertura da China, 16 são diretamente relacionadas ao setor imobiliário”, explica Almeida. “VALE3 pode ser o principal player por ser a tese com maior exposição ao minério de ferro, mas GGBR4 e CSNA3 também podem se beneficiar com essa alta demanda do setor imobiliário, uma vez que ambas também estão expostas ao aço.”

Petróleo

A demanda por petróleo também deu sinais de alta com a reabertura da China, acima do que o mercado esperava para o início de 2023, devido à possibilidade de recessão nas economias dos Estados Unidos e Europa.

Assim, a volta das atividades na economia chinesa também pode ajudar as petrolíferas brasileiras, como 3R Petroleum (RRRP3) e Prio (PRIO3), diz Lucas Almeida, da AVG.

O especialista faz uma ressalva apenas para a Petrobras (PETR4). “A estatal está passando por alguns desafios locais com relação a governança da empresa com possíveis discussões/mudança de política de paridade dos preços e outros fatores com viés político”, explica.

Frigoríficos

As empresas que exportam proteína animal para a China também podem ser boas opções para o investidor que quiser surfar a retomada da economia por lá. Entre os frigoríficos brasileiros, JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) têm exposição ao país.

“A Minerva é a que tem maior representatividade de sua receita, e por estar em um ciclo de baixa do preço do gado na América do Sul, a companhia tende a surfar o momento com margens acima da média praticada historicamente”, destaca Vinícius Steniski, analista de ações da casa de análises do TC.

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Mas, dentre os setores, é o que vai exigir uma atenção maior. Nesta quinta-feira (23), as exportações de carne bovina brasileira ao país asiático foram temporariamente suspensas depois que o Ministério da Agricultura confirmou a ocorrência de um novo caso de “vaca louca” no Brasil. Por enquanto, o impacto parece ser pontual e deve afetar mais aquelas empresas cuja produção é mais concentrada no País.

“A Minerva, por exemplo, exporta muito para a China, mas também tem outros mercados. Pode aumentar a exportação vinda da Argentina, da Colômbia ou do Paraguai”, diz Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama. “É um impacto relevante, mas nada muito absurdo. O que preocupa é a perspectiva futura, se houver uma concentração grande de embargos à carne brasileira vinda de outros mercados.”

Veja também: Por que caso de vaca louca não deve impactar frigoríficos no longo prazo.

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