Após uma semana de perdas relevantes, os mercados internacionais operam sem fôlego nesta manhã de segunda-feira (25), com os índices futuros de Nova York apontando para continuidade do movimento negativo e o dólar ainda em leve alta ante outras moedas fortes. A perspectiva de que os juros permanecerão elevados limita o apetite dos investidores.
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As preocupações em torno do setor imobiliário na China voltaram à tona depois que as ações da Evergrande levaram um tombo de quase 22%, após anunciar que está impossibilitada de emitir novos títulos devido a uma investigação sobre uma de suas afiliadas.
Os contratos futuros do petróleo reduziram ganhos de mais cedo, chegando a operar brevemente no negativo, após relatos de que o governo da Rússia estaria considerando isentar parte dos combustíveis afetados por uma restrição a exportações de diesel e gasolina, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 2,03% na madrugada em Dalian, cotados a US$ 115,70 por tonelada.
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A postura mais defensiva internacional também influencia as negociações domésticas hoje, com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e a leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de setembro previstos para amanhã, podendo ser influenciada por dados do Boletim Focus.
Na falta de maiores direcionadores hoje, segue a tramitação pautas no Congresso que aumentariam os gastos públicos em até R$ 88,5 bilhões, como com o auxílios à estados e municípios em crise e a atualização dos limites do Super Simples.
Agenda econômica
Brasil: A agenda local tem como destaques a publicação da ata do Copom e a leitura IPCA-15 de setembro, ambos amanhã, além do Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira, com entrevista coletiva do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen.
Na quarta-feira saem a nota de crédito e o relatório mensal da dívida pública federal. Na quinta-feira também serão divulgados o Índice Geral de Preços -Mercado (IGP-M) de setembro, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o resultado primário do Governo Central de agosto.
Na sexta-feira sai o resultado do setor público consolidado de agosto e a taxa de desemprego no mês passado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Abrindo a semana, hoje é dia de relatório Focus e da nota do setor externo de agosto (8h30). Entre os eventos, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da palestra “Caminhos para Retomada do Desenvolvimento Econômico”, na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo (9h00).
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EUA: Sem destaque hoje, a agenda conta com a confiança do consumidor do Conference Board amanhã. Na quinta-feira será conhecido o PIB final do 2º trimestre, seguido de um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), Jerome Powell. Na sexta-feira será a vez do índice de gastos com consumo (PCE) de agosto e a publicação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Europa: Destaque hoje para o testemunho de Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu (10h00). Mais cedo foi revelado que o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha caiu levemente em setembro, a 85,7 pontos, ante 85,8 pontos em agosto, superando a expectativa de queda a 85 pontos.
Na quarta-feira são esperados o índice GfK de confiança do consumidor da Alemanha e encomendas de bens duráveis. A quinta-feira traz Consumer Price Index (CPI) da Alemanha e, na sexta-feira será a vez do Produto Interno Bruto do Reino Unido do 2º trimestre, vendas no varejo da Alemanha e o CPI da zona do euro.
China: As vendas de moradias novas e o lucro industrial serão conhecidos amanhã.
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