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- Os contratos futuros do petróleo operam em alta, dando sequência à alta de mais de 1% na sessão da última sexta-feira, em meio a relatos de que a Rússia pretende restringir mais sua oferta da commodity
- Os dados de inflação americana acima do esperado reforçaram a avaliação de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, precisará de juros maiores do que se imaginava anteriormente
O Ibovespa poderá refletir uma melhora nas Bolsas internacionais nesta segunda-feira (27), mas a dicotomia entre o desempenho das duas commodities mais relevantes na formação de preços locais, o petróleo e o ferro, e as incertezas referentes ao âmbito fiscal devem limitar uma recuperação muito pronunciada do nosso mercado. Neste sentido, todas as atenções estão depositadas na renovação da Medida Provisória (MP) dos combustíveis, que expira amanhã, sendo que as incertezas sobre a reoneração dos impostos sobre combustíveis colocam ainda mais pressão sobre o comportamento da inflação no futuro – já abalada pelos constantes questionamentos em torno da manutenção ou não do regime de metas.
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A penúltima sessão de fevereiro, aparentemente, será de recuperação parcial nos mercados internacionais. Isso porque, ainda que não existam novas informações que corroborem com a melhora do ânimo dos investidores, a percepção é de que as sucessivas quedas recentes podem ter aberto oportunidades pontuais em alguns ativos de risco e, neste ambiente, as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York exibem sinais majoritariamente positivos.
Essa melhora também é observada em outros mercados, onde os contratos futuros do petróleo operam em alta, dando sequência à alta de mais de 1% na sessão da última sexta-feira, em meio a relatos de que a Rússia pretende restringir mais sua oferta da commodity.
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Outro fator que aponta para uma melhora, ainda que pontual, na percepção de risco é observado no mercado cambial, uma vez que dólar opera perto da estabilidade ante outras moedas principais, após subir com força na semana passada, quando dados de inflação americana acima do esperado reforçaram a avaliação de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, precisará de juros maiores do que se imaginava anteriormente – de fato, comentários apontando juros acima de 6% surgiram pela primeira vez.
Alternativamente, os preços futuros do minério de ferro tiveram forte desvalorização de 2,53% em Dalian, cotados ao equivalente a US$ 127,17 por tonelada.
Agenda econômica
Brasil: A agenda local tem hoje a divulgação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de fevereiro (8h), o Boletim Focus (8h25), a Nota de Política monetária e operações de crédito de janeiro (9h30) e o resultado primário do Governo Central de janeiro (14h30). Amanhã será conhecida a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, com os dados oficiais de desemprego no país, além da nota do setor público consolidado.
Na quarta-feira sai a balança comercial de fevereiro, na quinta-feira o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe de fevereiro e Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e, na sexta-feira, destaque para o Índice de Atividade Econômica (PMI, na sigla em inglês) composto.
EUA: Serão publicados hoje os dados sobre as encomendas de bens duráveis e vendas pendentes de imóveis, ambos de janeiro (10h30), enquanto entre os eventos o membro do Conselho do Fed, Philip Jefferson, participa de evento em Harvard (12h30). Amanhã saem os estoques no atacado e índice de confiança do consumidor do Conference Board. Na quarta-feira sai o PMI industrial e, na sexta-feira, é a vez do PMI composto e de discursos de vários dirigentes do Fed.
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Europa: Destaque para a publicação dos PMIs industriais da Alemanha, zona do euro, Reino Unido na quarta-feira. Na quinta-feira sai a taxa de desemprego e índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro e ata do Banco Central Europeu (BCE), enquanto na sexta-feira será a vez de uma série de PMIs compostos da Alemanha, zona do euro, Reino Unido