A última sessão de outubro é ainda de ganhos para a maior parte dos mercados acionários internacionais – embora caminhem para fechar o pior mês desde setembro de 2022.
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O movimento, ao que tudo indica, continua refletindo mais aspectos técnicos, diante de uma postura ainda flexível do Banco do Japão (BoJ), apesar dos pequenos ajustes em sua estratégia de controle da curva de juros, o que levou os juros americanos e europeus a caírem mais cedo nesta terça-feira (31).
A atividade industrial voltou a registrar contração em outubro na China, com o índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial abaixo das expectativas, depois que o feriado de oito dias da Semana Dourada interrompeu a produção. Assim, as bolsas da Europa exibem ganhos em torno de 1% nesta manhã, enquanto os índices futuros de Nova York também sugerem ganhos.
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O dólar ronda a estabilidade frente às demais moedas fortes, enquanto os contratos futuros do petróleo operam em alta moderada e os preços futuros do minério de ferro avançaram 0,34% na madrugada em Dalian, cotados a US$ 122,85 por tonelada.
O ambiente externo sugere alguma acomodação para os ativos locais, embora fatores internos ainda limitem a tomada de risco por parte dos investidores. O EWZ, o principal fundo de índice (ETF) de ativos brasileiros negociados no exterior, apontava apenas para uma leve alta no pré-mercado americano.
O tema fiscal continuará sendo o principal direcionador. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou ontem o compromisso fiscal do governo, mas não a meta de déficit zero para 2024, enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, em nota, que o Congresso “buscará contribuir com as aprovações necessárias” para ajudar o Governo a cumprir a meta fiscal.
Agenda econômica
Brasil: A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de setembro, incluindo a taxa trimestral de desemprego, é o principal indicador hoje (9h). A mediana indica queda da taxa de desemprego a 7,7% no terceiro trimestre, de 7,8% no trimestre encerrado em agosto.
Entre os eventos, o Tesouro realiza leilões de venda de títulos públicos (11h), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de reunião do Conselho Político da Coalizão (10h), em uma nova rodada de discussões da Reforma Tributária.
O relator da matéria, o Senador Eduardo Braga (MDB), vai receber em Brasília o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e, por fim, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) terá início nesta terça-feira.
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EUA: Estão programadas apenas as publicações do PMI de outubro (10h45) e do índice de confiança do consumidor (11h).
Europa: A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou para 2,9% em outubro, ante 4,3% em setembro, um pouco abaixo da expectativa de 3%. Já o núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo de 4,2% em outubro ante igual mês do ano passado, perdendo força também em relação ao ganho anual de 4,5% de setembro.
Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 0,1% no terceiro trimestre de 2023 ante os três meses anteriores, frustrando a expectativa de estabilidade no período. Em relação ao mesmo intervalo do ano passado, o PIB do bloco teve leve expansão de 0,1% entre julho e setembro, variação que veio em linha com o consenso.
China: O PMI industrial recuou de 50,2 em setembro para 49,5 em outubro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país. O resultado abaixo de 50 pontos indica que a atividade econômica está novamente em contração, o que não era esperado. O consenso projetava o PMI industrial a 50,1. Em setembro, o índice haviaultrapassado os 50 pontos, subindo a 50,2.
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O PMI de serviços caiu de 51,7 em setembro para 50,6 em outubro, mas apesar de também ter apresentado recuo, seguiu acima dos 50 pontos, ou seja, em território de expansão
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