A semana começa com um certa decepção dos investidores com a China, a segunda maior economia do mundo. Ainda que as expectativas não fossem as mais elevadas, o fato de novos indicadores terem vindo novamente aquém do esperado pode sugerir que o boom pós-covid chegou ao fim, o que abala o desempenho dos principais mercados internacionais, com as bolsas da Europa e os índices futuros em Nova York operando em leve baixa.
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Nem mesmo a possibilidade de mais estímulos do governo alivia esse clima na manhã desta segunda-feira (17), que extrapola os mercados acionários e contamina outras negociações, sobretudo as das commodities, com os contratos futuros do petróleo e do cobre operando em baixa de mais de 1%, enquanto os preços futuros do minério de ferro registraram perdas de 0,89% na madrugada em Dalian.
Esses sinais renovados de fraqueza da economia chinesa, principal parceira comercial do Brasil, sugerem que os ativos domésticos terão uma sessão de ajustes nesta segunda-feira (17). Do ponto de vista local, o diretor do Banco Central (BC) Diogo Abry Guillen e alguns dados de atividade serão os destaques, mas não deveriam alterar as perspectivas de corte na Selic em agosto.
Agenda econômica
Brasil: A semana começa com a divulgação hoje do IGP-10 de julho (8h), o Boletim Focus (8h25) e os dados IBC-Br de maio (9h). Entre os eventos da sessão, o diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, participa de live com o tema “Política Monetária: por que a comunicação é tão importante?”, com transmissão pelo Canal do Banco Central no YouTube (14h).
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EUA: Sem maiores indicadores previstos para a sessão, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Nova York divulga o índice de atividade industrial Empire State (9h30).
Europa: O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,3% no segundo trimestre de 2023 ante igual período de 2022, segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS), um resultado aquém da previsão de alta de 6,9%. Na comparação trimestral, o resultado dos últimos três meses apresentou crescimento de 0,8%, desacelerando em relação ao crescimento de 2,2% registrado no primeiro trimestre e, assim, no primeiro semestre do ano, o PIB cresceu 5,5% em relação ao ano anterior – acima da meta de crescimento anual do governo, de cerca de 5,0%.
Alternativamente, a produção industrial cresceu 4,4% em junho, acima da previsão de crescimento de 3,0%, enquanto as vendas no varejo avançaram 3,1% em junho, ambos na comparação anual
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