Mercado

Abertura de Mercado: Cautela externa marca início do 2º semestre

Bolsas abrem julho em alerta por possível atraso na recuperação da economia

Investidor caminha pela Bolsa de Valores de São Paulo, onde investem em small caps e blue chips (Foto: Werther Santana/Estadão)
  • Bolsas na Ásia fecharam mistas, com algumas sendo favorecidas pelo dado de manufatura mostrando que a China está aos poucos superando o choque da pandemia do novo coronavírus
  • Índices futuros das bolsas de Nova York e bolsas europeias mostram volatilidade, apesar de dados positivos na China e da Alemanha
  • No Brasil, a incerteza sobre a extensão da crise e seus impactos nas contas públicas deixa os investidores divididos sobre um novo corte de 0,25 p.p. ou a manutenção da taxa Selic em 2,25% na reunião do Copom de agosto

Os mercados no exterior começam julho e o segundo semestre em alerta por um possível atraso na recuperação da economia devido a uma segunda onda de covid-19 nos Estados Unidos, após os robustos ganhos das bolsas americanas no 2T20. Entretanto, o movimento de realização de ganhos é limitado em meio a novos dados positivos de manufatura chinesa e alemã e após o Federal Reserve renovar a promessa de usar os programas de emergência “de forma agressiva” para garantir recuperação.

Assim, as bolsas na Ásia fecharam mistas, com algumas sendo favorecidas pelo dado de manufatura mostrando que a China está aos poucos superando o choque da pandemia do novo coronavírus. O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China subiu de 50,7 pontos em maio para 51,2 pontos em junho. É o segundo avanço consecutivo e o crescimento mais alto desde dezembro de 2019.

Os índices futuros das bolsas de Nova York e bolsas europeias mostram volatilidade, apesar de dados positivos na China e da Alemanha e à espera de indicadores de emprego como o relatório sobre criação de empregos no setor privado (ADP), de manufatura nos EUA e a divulgação da ata da última reunião de política monetária.

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O índice de gerente de compras (PMI) industrial da Zona do Euro subiu de 39,4 pontos em maio para 47,4 pontos em junho, atingindo o maior nível em 4 meses. A leitura final ficou acima da estimativa preliminar de junho e da previsão de analistas, de 46,9 pontos em ambos os casos.

As tensões entre Washington e Pequim seguem no radar e a eleição americana em novembro também deve começar a ganhar mais atenção dos investidores.

No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo operam em alta forte, apagando perdas da sessão anterior, após o American Petroleum Institute (API) estimar no fim da tarde de ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA sofreu forte queda de 8,2 milhões de barris na última semana. Mais tarde, o Departamento de Energia publica o levantamento oficial sobre estoques americanos.

No Brasil, a incerteza sobre a extensão da crise sanitária e seu impacto adicional na economia e nas contas públicas deixa os investidores divididos sobre um novo corte de 0,25 p.p. ou a manutenção da taxa Selic em 2,25% na reunião do Copom de agosto.

No câmbio, a expectativa é que o real continue fraco nos próximos meses em meio à pandemia, os juros historicamente baixos, a fragilidade fiscal e os ruídos políticos.

Na agenda de hoje, destaque para a divulgação da Balança Comercial de junho. Para o Ibovespa, esperamos uma abertura com pouco fôlego, acompanhando os pares internacionais.

Agenda econômica 01/07

Brasil: Destaque para os números da balança comercial no mês de junho às 15h. Para este indicador é esperado um superávit de US$ 7,1 bilhões, por causa da queda das importações.

EUA: Destaque para o relatório ADP de emprego privado de junho, às 9h15 e a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, às 15h. Ainda hoje saem o índice ISM de produção industrial (10h45) e os estoques de petróleo pelo Departamento de Energia, às 11h30.