As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira, encerrando uma semana amplamente positiva, à medida que novos estímulos monetários e fiscais reforçaram expectativas de recuperação da economia global após o choque do Coronavírus.
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As bolsas europeias e futuros das bolsas de NY sobem nesta manhã, retomando a recente tendência de valorização após uma pausa ontem. O apetite por ativos de risco volta a predominar, após o Banco Central Europeu (BCE) ampliar seus estímulos monetários à espera do relatório de emprego dos EUA em maio, conhecido como Payroll.
Para este indicador, segundo mediana das estimativas, o dado deve mostrar fechamento de 8 milhões de vagas em maio. Caso este resultado seja confirmado, seria bem menor do que o dado anterior de destruição de 20,5 milhões em abril, o que deixa a percepção de que o pior pode ter ficado para trás. Ao longo da semana, o viés predominantemente positivo das bolsas globais foi sustentado pelo processo de reabertura econômica após o choque do coronavírus.
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No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo ampliaram ganhos em relação a mais cedo, após a notícia de que a OPEP+ fará uma reunião virtual neste sábado para decidir sobre a prorrogação de cortes na sua oferta. Neste sentido, o petróleo sobre mais de 2% nesta manhã.
No Brasil, os mercados domésticos devem aproveitar a onda de otimismo no exterior. Há pouco, o principal fundo de índice do Brasil negociado em NY, EWZ, subia mais de 4%, sinalizando que o dia deve ser de apetite por risco também no Brasil.
Com o ambiente seguindo favorável, o dólar tende a ficar abaixo dos R$ 5,13, enquanto o Ibovespa pode buscar a marca dos 94 mil pontos. Os juros futuros têm sido amparados por um cenário político mais tranquilo e por apostas de corte mais agressivo da Selic, atualmente em 3%.
Agenda econômica 05/06
Brasil: Estão previstos para hoje os dados de produção e vendas de veículos em maio, pela Anfavea, às 10h.
EUA: O destaque da agenda é o relatório de empregos em maio, às 9h30.
Europa: já foram divulgadas as encomenda à indústria na Alemanha que sofreram um tombo histórico de 25,8% em abril na variação mensal, evidenciando o impacto forte da pandemia na economia. A queda, a maior da série histórica iniciada em janeiro de 1991, foi bem mais intensa do que o declínio de 19,1% previsto por analistas.