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Abertura de Mercado: Geopolítica limita apetite ao risco em dia de Copom

De olho na Selic, investidor avalia queda histórica dos dados do setor de serviços em abril

Abertura de Mercado: Geopolítica limita apetite ao risco em dia de Copom
Sede da B3 em São Paulo. Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
  • Índices futuros das bolsas de NY operam em alta moderada, dando continuidade à melhora dos últimos dias, e as bolsas europeias tem viés de alta, mas o apetite ao risco é limitado
  • À espera do Copom, investidor vai avaliar nesta manhã o anúncio de uma queda histórica dos dados do setor de serviços em abril
  • Para o Ibovespa, esperamos uma abertura sem muito ímpeto, acompanhando os pares internacionais

As bolsas internacionais operam com fôlego moderado com investidores se mostrando cautelosos diante de tensões geopolíticas envolvendo Índia e China e as duas Coreias e uma segunda onda de coronavírus em partes da China e dos EUA, o que pode limitar os ajustes locais. Assim, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em leve alta nesta quarta-feira, após os sólidos ganhos do pregão anterior.

Da mesma forma, os índices futuros das bolsas de NY operam em alta moderada, dando continuidade à melhora dos últimos dias, e as bolsas europeias tem viés de alta, mas o apetite ao risco é limitado. No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo operaram em baixa na madrugada, revertendo parte dos robustos ganhos de mais de 3% da sessão anterior, após o API estimar no fim da tarde de ontem um aumento de 3,9 milhões de barris no volume de petróleo bruto estocado nos EUA na última semana.

No Brasil, à espera da decisão e do comunicado do Copom, após o fechamento dos negócios, o investidor vai avaliar nesta manhã o anúncio de uma queda histórica dos dados do setor de serviços em abril, na esteira dos tombos da produção industrial (-18,8%) e do varejo restrito (-16,8%). Para este indicador, o mercado espera queda de 10,6% de serviços.

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Quanto ao Copom, além da decisão de hoje, o investidor quer saber se o comunicado confirmará o fim do ciclo, como antecipou a autoridade na última ata, ou se há espaço para um novo corte, como vêm prevendo alguns economistas.

No cenário político, o ministro da economia, Paulo Guedes, listou a reforma tributária, o novo marco regulatório do gás e as privatizações como pautas prioritárias na agenda pós pandemia em reuniões com deputados ontem, na tentativa de contrabalancear a hipótese de não poder contar com ajuste fiscal este ano, após os últimos eventos.

Para o Ibovespa, esperamos uma abertura sem muito ímpeto, acompanhando os pares internacionais.

Agenda econômica 17/06

Brasil: Destaque para a decisão do Copom, após o fechamento do mercado. Para esta decisão, o mercado espera corte de juros na magnitude de 0,75 p.p.. Caso este corte fosse confirmado levaria a Selic para nova mínima histórica de 2,25%. Antes, o IBGE divulga a pesquisa mensal de serviços de abril, às 9h.

EUA: O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apresenta relatório de política monetária no comitê de serviços financeiros da Câmara (às 13h). Ainda hoje será divulgada a pesquisa semanal do Departamento de Energia sobre estoques nos EUA, às 11h30.

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