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- Na quinta-feira (30), após Raimundo Nonato Alencar de Castro renunciar ao cargo de Diretor-Presidente por motivos pessoais, a LIGT3 fechou o pregão em queda de 15,62%. Nesta sexta-feira (01), os papéis recuam mais de 7%
- As quedas refletem uma incerteza do mercado em relação ao processo de melhoria da empresa, voltado para o combate às perdas de energia elétrica, que estava sendo liderado por Nonato
A notícia da saída do CEO da companhia elétrica Light atingiu em cheio as ações da empresa. Na quinta-feira (30), após Raimundo Nonato Alencar de Castro renunciar ao cargo de Diretor-Presidente por motivos pessoais, a LIGT3 fechou o pregão em queda de 15,62%. E as baixas não pararam por aí: nesta sexta-feira (01), os papéis operavam com recuo de 7,27% às 13h08.
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As quedas refletem uma incerteza do mercado em relação ao processo de melhoria da empresa que estava sendo liderado por Nonato. “A figura de Raimundo Nonato, reconhecido executivo com experiência em cases de turnaround, era importante e transmitia confiabilidade ao processo que a companhia necessita desempenhar ao longo dos próximos trimestres”, destaca a Ativa Investimentos, em comentário.
Em nota, a Light informou que vai prosseguir no plano de ação aprovado pelo Conselho de Administração, que tem como foco a estratégia de combate às perdas de energia elétrica da companhia. E que já está trabalhando para encontrar um novo CEO para dar continuidade ao plano de ação da empresa. Enquanto o mercado aguarda a indicação de um novo nome, as ações seguem penalizadas.
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“Com a saída de Nonato, o mercado acredita que o processo de melhoria da companhia vai ser alterado. A empresa veio ao mercado falar sobre a continuidade da melhoria operacional da empresa. Mas, se vai mesmo continuar, dificilmente vamos saber”, pontua Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.
A especulação é que a saída do executivo esteja ligada à troca do comando na Eletrobras, uma vez que o nome de Raimundo Nonato estava entre os cotados para assumir a companhia na fase pós privatização.
Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, empresa de tecnologia e educação para investidores, destaca ainda um outro motivo que pode estar contribuindo para a queda das ações da Light. Na terça-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que determina a devolução integral dos impostos recolhidos pelas distribuidoras referentes à exclusão do Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) como base do cálculo para o PIS/COFINS.
“Essa lei não é definitiva ainda. Mas as empresas já soltaram que vão recorrer em relação a essa decisão. Isso era uma geração de caixa a mais que era muito importante para a Light, dado o tamanho do valor que não precisaria devolver ao consumidor”, explica.
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