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Magalu (MGLU3): por que aumento de capital não garante recomendação de compra para as ações

Especialistas recomendam cautela antes de incluir no portfólio

Magalu (MGLU3): por que aumento de capital não garante recomendação de compra para as ações
Fachada do Magazine Luiza. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O aumento de capital de até R$ 1,25 bilhão do Magazine Luiza (MGLU3) não foi o suficiente para mudar as recomendações das corretoras para as ações da varejista. Embora reconheçam que os recursos irão trazer uma maior flexibilidade financeira para a empresa, analistas apontam que a alta competitividade e os desafios no cenário macroeconômico tornam o futuro da companhia ainda incerto.

Por essa razão, a orientação é unânime para os investidores que acompanham o papel: cautela antes de incluir no portfólio.

Segundo o Goldman Sachs, além da taxa de juros que ainda permanece em patamar elevado, há outros fatores que podem adicionar ainda mais pessimismo para a ação, como o crescimento mais lento do que o esperado nas novas soluções logísticas e a falta de recuperação da procura dos bens duráveis. Com essa perspectiva, o banco mantém recomendação neutra para o Magalu com preço-alvo de R$ 2,4 para os próximos 12 meses.

A Ágora Investimentos também mantém recomendação neutra para o papel. Apesar de enxergar a operação de aumento de capital como positiva, a preferência é aguardar uma melhora no fluxo de caixa da empresa nos próximos trimestres, motivada por uma melhora na estrutura de capital da empresa e condições macroeconômicas mais favoráveis. A partir desta mudança, é que a recomendação será revisada para avaliar se a companhia oferece uma boa oportunidade de investimento.

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A Ativa Investimentos também ressalta a necessidade de monitorar os próximos passos da varejista para avaliar se haverá ou não uma melhora na rentabilidade. Enquanto não houver uma sinalização clara nesse sentido, a corretora prefere reiterar a sua recomendação neutra para as ações do Magalu. “Precisamos seguir acompanhando os ganhos de rentabilidade da companhia, a fim de que, além da otimização da estrutura de capital, também vejamos melhorias operacionais, contribuindo para a geração de caixa e redução da sua alavancagem”, informou a Ativa em relatório.

A percepção de que a varejista ainda precisa provar ao mercado a sua capacidade de entregar lucros pesou na performance das ações nesta terça-feira (30). Ao contrário da euforia de segunda com a repercussão do aumento de capital, por volta das 15h, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) estavam em queda de 1,93%, cotados a R$ 2,03. No acumulado de 2024, as perdas chegam a 6%.

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