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Saiba quais ações pagam bons dividendos e estão ‘baratas’ no mercado

De todas as ações que compõem o Ibovespa, 15 apresentam preços atrativos e que pagam dividendos

Saiba quais ações pagam bons dividendos e estão ‘baratas’ no mercado
O investidor precisa avaliar os indicadores qualitativos e quantitativos de cada empresa antes de investir (Foto: Envato Elements)
  • O levantamento realizado pelo TradeMap selecionou os papéis do ibovespa com os melhores indicadores de preço sobre valor patrimonial e que pagaram dividendos nos últimos 12 meses
  • Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) estiveram com os melhores indicadores entre as ações selecionadas
  • No entanto, os analistas alertam que a decisão de compra dos papéis deve ser fundamentada por outras variáveis

As ações pagadoras de dividendos costumam estar no radar dos investidores quando o objetivo é renda extra por meio do pagamento da distribuição de lucros aos acionistas. A procura por esses papéis é quase uma “caça ao tesouro” entre tantas opções disponíveis na bolsa de valores.

Um levantamento realizado pelo TradeMap, a pedido do E-Investidor, filtrou as ações que podem representar boas oportunidades de investimento sem gastar muito.

Os dados levaram em consideração a relação do preço (P) sobre valor patrimonial (VP) e os dividendos pagos nos últimos 12 meses de todas as ações que compõem o Ibovespa. Foram consideradas apenas as ações com a relação P/VPA menor do que um – por sinalizar ao investidor que o preço do papel segue “barato” no mercado” – e que pagaram dividendos em um intervalo de um ano.

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No total, somente 15 empresas atenderam os critérios do levantamento. Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) registraram os melhores indicadores entre as ações selecionadas.  Confira também quais são as melhores ações para ganhar dividendos em setembro.

Para Guilherme Tiglia, analista de ações da Nord Research, a seleção a partir das duas métricas é um importante ponto de partida para o investidor que deseja fazer boas alocações com foco no pagamento de dividendos.

No entanto, ele ressalta que as métricas não são suficientes para fundamentar uma decisão final de compra. “Outras métricas de valuation são o preço sobre lucro e o EBITDA. Outro indicador que pode ser interessante é a dívida líquida sobre patrimônio ou sobre o EBITDA, que mostra a saúde financeira da empresa”, diz Tiglia.

Entender o modelo de negócio de cada empresa também é importante antes de se posicionar no ativo.  A análise ajuda a prever se a companhia terá condições de manter o fluxo de pagamento de dividendos nos próximos meses. “Os dividendos pagos nos últimos 12 meses podem não se repetir na mesma frequência. Eles podem ser de companhias de caráter mais cíclico, com períodos em que podem ir muito bem”, explica Mário Goulart, analista de CNPI e criador do canal no youtube “O Analisto”.

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Goulart cita a Copel, do setor elétrico, como uma empresa que sempre irá gerar receita. “Energia elétrica é um dos setores mais previsíveis do mercado. Então, você sabe que esse dividendo vai se repetir”, afirma.

Os grandes destaques

Na avaliação de Goulart, quem ganha esse título é a Usiminas, por ser uma companhia com uma dívida baixa em relação ao seu patrimônio, além de ter pago bons dividendos nos últimos 12 meses.

“A Usiminas pagou bons dividendos e tem uma relação de 1,6x preço/lucro (o retorno desse investimento será de aproximadamente em um ano e meio após a compra da ação). O problema é que a empresa sofreu demais. Nos últimos seis meses, perdeu quase 50% do seu valor de mercado em bolsa”, avalia.

De acordo com ele, a penalização do mercado para os papéis da companhia, que apresentam uma queda de 44,6% no acumulado do ano, se deve à desaceleração da economia da China e ao ciclo de alta da taxa de juros no Brasil. “Mesmo assim, a empresa conseguiu boas margens e conseguiu reduzir o seu endividamento. Eu vejo a Usiminas como uma oportunidade maior do que as outras, como CSN Siderurgia e Gerdau”, acrescenta.

Nesta reportagem, mostramos que empresas de energia e estatais são as apostas do mercado para setembro. As ações do Banco do Brasil também foram apontadas como grande destaque pelos analistas. Para Tiglia, além do preço atrativo, a instituição financeira tem reportado para o mercado bons resultados e possui baixa taxa de inadimplência.

No entanto, ele destaca que há um risco que deve entrar no radar do investidor. “A empresa possui uma carteira de crédito resiliente e defensiva com exposição ao agronegócio. Eu gosto do papel, mas acho que existe um risco político relevante (diante de possíveis interferência na gestão da companhia)”, alerta o analista.

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Na carteira de investimentos com foco em ações pagadoras de dividendos, as ações do Banco do Brasil foram incluídas na estratégia para o mês de setembro da Guide Investimentos.

A justificativa para inclusão do papel, segundo a corretora, se baseia na expectativa que a instituição consiga manter suas margens de rentabilidade em patamares elevados e com taxa de inadimplência abaixo da média do mercado. “Esperamos que o banco continue ampliando outras fontes de receita, como previdência e consórcio”, avaliou a corretora.

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