- A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota da Azul (AZUL4) de Caa1 para Caa2, uma avaliação é utilizada para empresas com alto risco de crédito
- Para se ter uma ideia, a escala de rating utilizada pela Moody's têm 21 classificações; a nota da companhia aérea é a 18ª
- Em relatório publicado na sexta-feira (20), a Moody's afirma que o novo rating da companhia aérea reflete os resultados mais fracos que a empresa apresentou durante 2024 e a consequente queima de caixa, o que aumentou os riscos de liquidez da companhia
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota da Azul (AZUL4) de Caa1 para Caa2, uma avaliação é utilizada para empresas com alto risco de crédito. Para se ter uma ideia, a escala de rating utilizada pela Moody’s têm 21 classificações; a nota da companhia aérea é a 18ª na ordem da melhor para a pior.
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O rebaixamento da Azul acontece em meio às turbulências enfrentadas para negociação de uma dívida de cerca de US$ 600 milhões. Nas últimas semanas, circulou no mercado a notícia de que a companhia estaria se preparando para acionar o Chapter 11 nos Estados Unidos, um mecanismo utilizado por empresas em falência, parecido com o processo de recuperação judicial no Brasil. Isso foi desmentido pela aérea, mas, desde então, investidores acompanham com atenção o desenrolar da situação financeira.
Em relatório publicado na sexta-feira (20), a Moody’s afirma que o novo rating da companhia aérea reflete os resultados mais fracos que a empresa apresentou durante 2024 e a consequente queima de caixa, o que aumentou os riscos de liquidez da companhia. Praticamente todo o EBITDA gerado pela Azul nos primeiros seis meses do ano “foram embora” com o elevado capital de giro, dívidas financeiras e as despesas de capital da empresa.
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“O risco de liquidez da Azul aumentou e a empresa precisará buscar renegociações adicionais com credores e financiamento extra para melhorar a sua liquidez”, diz o documento. A Moody’s destacou ainda que a nova nota da companhia reflete a exposição da indústria aérea aos riscos macroeconômicos crescentes.
“A Azul tem um balanço altamente alavancado e fraca cobertura de juros, o que limita a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da empresa. A capacidade da empresa de levantar liquidez, refinanciar suas obrigações financeiras e controlar a queima de caixa continuam a ser fundamentais na avaliação da sua classificação. Por fim, a classificação captura a qualidade intrínseca da empresa exposição à moeda estrangeira e à volatilidade dos preços dos combustíveis”, avalia a agência.
Às 15h53 desta segunda-feira (23), a AZUL4 tinha uma alta de 1,71% na Bolsa, cotada a R$ 5,35. Ainda assim, a queda acumulada em 30 dias passa de 29,6%. Em 2024, os papéis da companhia aérea derretem 66,5%.