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- As três ações que mais ganharam preço na semana foram Weg (WEGE3), Suzano (SUZB3) e Cemig (CMIG4)
- A grande vencedora da semana foi a Weg, que viu seus papéis ON dispararem quase 14% após reportar seus números do segundo trimestre
- Já a Suzano foi beneficiada por um relatório do Credit Suisse indicando que o adiamento de paradas de manutenção em fábricas de celulose na América Latina pode reduzir drasticamente a oferta global do insumo, dando sustentação aos preços
O vigor de crescimento que acompanhava o Ibovespa nas três últimas semanas não se repetiu nesta, com vários pregões no vermelho e um saldo de -0,49% no final do período. Na quinta (23), a queda de 1,91% afastou o índice do terreno dos 104 mil pontos, no qual havia fincado o pé nos três dias anteriores. No mês, o Ibovespa avança 7,71% – em junho e maio, as altas foram de 8,76% e 8,57%, respectivamente. No ano, ele cede 11,47%.
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“O Ibovespa tocou os 105 mil pontos nesta semana, que era um dos alvos e uma resistência. Desde então, caiu de forma comportada”, diz Fernando Góes, analista gráfico da Clear. “O mercado tende a se manter entre os 100 mil e 98 mil pontos, que são suportes fortes e podem ser pontos de compra de ações, mas a tendência de alta continua”, acrescenta o analista, referindo-se ao estágio atual do Ibovespa como “movimento normal de realização de lucros”.
Na semana, as perdas foram mais discretas do que as de Nova York, onde o Dow Jones acumulou queda de 0,68%, o S&P 500, de 0,62%, e o Nasdaq, de 0,94%. O agito nos mercados tem motivo: nesta sexta-feira (24), voltou a predominar cautela quanto à relação EUA-China, após o governo chinês determinar o fechamento de um consulado americano no país, em reação à iniciativa semelhante do rival.
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Para um operador, “na falta de catalisadores novos no Brasil, com muito pouco em termos de agenda para dar suporte ao Ibovespa, o índice segue boa parte do tempo de mãos dadas com o exterior”. “Teve o IPCA-15 hoje, que reforça o sinal de corte da Selic a 2% ao ano no início de agosto, mas este fluxo de transferência da renda fixa para a variável também se esgota uma hora. Vai precisar mais do que isso para continuar subindo”, acrescenta.
Ainda que tenha faltado gás nesta semana, o desempenho acumulado pelo Ibovespa desde 31 de março é notável, com recuperação na casa de 40%. A performance do índice desde abril até o dia 24 de julho passa a ser a melhor desde o agregado de 46,54% entre setembro e dezembro de 2003, segundo o AE Dados.
Nesta semana, quem se deu melhor foram as ações da Weg (WEGE3), Suzano (SUZB3) e Cemig (CMIG4). Confira a seguir o que influenciou o desempenho desses três papéis.
Weg (WEGE3): +14,84%
O melhor desempenho da semana, com ganho notável de 14,84%, ficou com a Weg. Na quarta (22), as ações ON da empresa explodiram (alta de 13,89%) após a companhia reportar seus números do segundo trimestre. A Weg teve alta de 32,2% nos lucros em um ano, para R$ 514,275 milhões, e as receitas cresceram 23,7% no mesmo período, para R$ 4,063 bilhões.
A empresa diz que seus contratos de produtos de longo prazo compensaram a perda de receitas com outros de ciclo mais curto, como tintas, vernizes e parte do portfólio de motores.
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É o que se pode chamar de boa fase: as 10 maiores cotações históricas da empresa ocorreram neste mês de julho. A partir de agosto, a Weg irá retomar a jornada integral de trabalho das suas fábricas da Weg Motor Industrial, diante da perspectiva de melhora no nível de pedidos nos próximos meses. A unidade de negócio vinha operando com o regime de redução de jornada desde maio.
Suzano (SUZB3): +6,15%
Os papéis ON da Suzano se saíram particularmente bem a partir da última quinta-feira (23). Naquele dia, o Credit Suisse afirmou em relatório que o adiamento de paradas de manutenção em fábricas de celulose na América Latina para o segundo semestre do ano pode reduzir a oferta global do insumo em 470 mil toneladas no período, além das reduções já esperadas anteriormente.
Para os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, isso pode ajudar a trazer maior equilíbrio entre oferta e demanda por celulose, dando sustentação aos preços. Neste cenário, a Suzano segue como a ação favorita dos analistas no setor.
No pregão seguinte, desta sexta-feira (24), a ação voltou a despontar entre as altas do Ibovespa. No setor, analistas de diferentes casas têm ponderado que os fundamentos para o mercado de celulose têm piorado com a deterioração da economia mundial. No entanto, os bancos também consideram que a concentração de paradas de manutenção no segundo semestre de ano pode ajudar a levar a uma inflexão positiva nos preços do material, dado que o período costuma ser sazonalmente melhor em termos de demanda.
As projeções de queda na oferta mundial vão de 420 mil toneladas a 470 mil toneladas, de acordo com números coletados pela repórter Fabiana Holtz, do Broadcast. Neste cenário, a Suzano é apontada como ‘top pick’ por diferentes analistas.
Cemig (CMIG4): +6,00%
A quarta-feira (22) foi o grande dia para CMIG4, que contabilizou alta de 7,73%, segunda maior alta daquele pregão. Segundo operadores, algumas notícias que envolvem a empresa chamaram a atenção dos investidores, que começam a se posicionar para possíveis desdobramentos.
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A Norte Energia, que é responsável pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, pediu registro de companhia aberta à CVM. A estatal mineira tem participação indireta na companhia. E nesta semana, a Cemig manifestou interesse em prorrogar duas concessões de geração e transmissão.
*Com Estadão Conteúdo