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- As três ações que mais perderam preço na semana foram IRB Brasil (IRBR3), Cielo (CIEL3) e Marfrig (MRFG3)
- IRB foi devastada por um relatório do UBS BB com recomendação de venda do papel e preço-alvo 47% mais baixo que a cotação do fechamento do dia anterior ao da divulgação do documento
- Marfrig enfrentou a desvalorização do dólar, que afetou exportadoras em geral, e a alta no preço dos grãos usados na fabricação de rações, o que comprimiu suas margens
A semana termina com o Ibovespa com certa folga: acima dos 97 mil pontos e com alta de 3,69% entre os dias 5 e 9 de outubro. Essa alta mais do que compensou a retração de 3,08% acumulada no intervalo anterior, quando a Bolsa emendou a quinta perda semanal consecutiva, igualando a longa série negativa observada no auge da crise da pandemia, entre fevereiro e março. No ano, a perda do índice está em 15,70%.
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Foram bem recebidos pelos investidores os sinais de reaproximação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em torno de agenda de iniciativas legislativas. Com a delicada situação fiscal do País e a indefinição sobre o financiamento ao Renda Cidadã ainda no topo da atenção do mercado, a diminuição da temperatura em Brasília contribuiu para aliviar parte da volatilidade sobre os preços dos ativos.
No balanço da semana, quem levou a pior foram os papéis de IRB Brasil (IRBR3), Cielo (CIEL3) e Marfrig (MRFG3). Confira o que afetou o desempenho de cada um deles.
IRB Brasil (IRBR3): -11,25%
As ações de IRB Brasil tiveram um duro baque na terça (6), quando despencaram 17,11% após a divulgação de um relatório do UBS BB. O banco suíço anunciou que estava retomando a cobertura dos papéis ON da empresa com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 4,60 – valor que representava um potencial de baixa de 47% em relação ao fechamento da véspera.
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Na avaliação do banco, o IRB ainda deve levar algum tempo para recuperar sua rentabilidade e, com o foco da nova gestão em contratos rentáveis, o crescimento dos prêmios deve ser menor que o visto até aqui.
Na quarta (7), o papel caiu mais 10,18%. Somente na quinta (8) os ânimos se acalmaram, quando o mercado corrigiu parte das perdas e IRBR3 terminou o dia com alta de 20,19%. Nesta sexta (9), porém, a ação caiu mais 7,24%, encerrando a semana com a maior queda do período, de 11,25%.
Leia também: A nova recomendação para IRB após forte tombo
Cielo (CIEL3): -5,60%
O papel passou a semana no vermelho e já caiu mais de 20% nos últimos 30 dias. “O mercado ainda tem bastante desconfiança na Cielo até por ela ter um market share bastante pressionado”, comenta Gabriel Mota, operador de renda variável da RJ Investimentos.
Para Júlia Monteiro, analista da MyCap, a alta procura pelo Pix, sistema instantâneo de pagamentos do Banco Central (BC), também traz pressão aos papéis. “Ainda não dá pra mensurar o real impacto do Pix no dia a dia só pela procura das chaves, mas é uma situação que a Cielo tem que ficar de olho”, diz.
Marfrig (MRFG3): -4,95%
Marfrig teve a terceira maior baixa em uma semana que penalizou os frigoríficos. A desvalorização do dólar afetou as ações de várias empresas exportadoras, incluindo, além das produtoras de carne, Vale e siderúrgicas.
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Na quinta e sexta, o setor como um todo foi pressionado pelo avanço recorde no preço dos grãos usados na fabricação de rações. “Isso tem achatado as margens das agroindústrias, o que pesa na capacidade das empresas de repassar a alta para o consumidor”, disse um analista.
A cautela do mercado aumentou após a China dizer que encontrou vestígios de coronavírus em embalagem de carne bovina do Minerva produzida pelo frigorífico na unidade de Barretos (SP), durante uma inspeção feita no Porto de Dalian.
*Com Estadão Conteúdo
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