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- As três ações que mais se valorizaram na semana de 14 a 18 de setembro foram Suzano (SUZB3), Ultrapar (UGPA3) e Ambev (ABEV3)
- Suzano surfou no dólar forte, que favorece as exportações, e na expectativa de aumento dos preços da celulose
- Ambev saiu ganhando com elevação da recomendação do papel e dados positivos do setor
Esta foi a terceira semana seguida que o Ibovespa fechou no vermelho, com baixa de 0,07%, após quedas de 2,84% e 0,88% nas duas anteriores. As perdas são de 1,09% no mês e de 15,01% no ano.
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No exterior, o tom é de decepção com a falta de novas iniciativas na política monetária das maiores economias, especialmente dos Estados Unidos. Os sinais de uma nova onda de covid-19 no verão europeu prejudicam ainda mais o entusiasmo quanto aos sinais de recuperação da atividade no Hemisfério Norte.
“O viés é negativo: o Ibovespa parece mais perto de se direcionar aos 96 mil pontos no curto prazo do que de voltar a testar os 103 mil, uma região de ‘ursos’ defendendo posição. Aqui as incertezas fiscais e políticas continuam pesando, assim como a falta de reação das ações de bancos”, aponta Márcio Gomes, analista da Necton.
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No balanço da semana, os papéis que mais se valorizaram foram Suzano (SUZB3), Ultrapar (UGPA3) e Ambev (ABEV3). Confira a seguir o que influenciou o desempenho deles.
Suzano (SUZB3): +8,33%
A grande vencedora da semana foi SUZB3, com 8,33% de ganho. O papel liderou entre as altas no pregão de terça-feira (15), impulsionado pelo dólar estável em R$ 5,27, sinais de reação mais forte da economia chinesa (que também beneficiaram outras exportadoras, como Gerdau) e a crescente expectativa de aumento nos preços da celulose já no quarto trimestre.
No dia seguinte (16), um movimento de realização e a queda do dólar corrigiram parte dos ganhos da ação. Mas, nesta sexta (18), o papel voltou a subir, em meio ao avanço de 1,30% do dólar, que novamente favorece as exportações.
Ultrapar (UGPA3): +6,59%
As ações da Ultrapar tiveram valorização de 6,59% na semana, com o mercado reagindo positivamente à notícia de que a Ipiranga, braço de distribuição do grupo, prepara corte de custos e investimentos para enfrentar um ambiente de competição mais acirrada nos próximos anos.
“Apesar da recuperação recente nos preços do petróleo, vemos as empresas do setor trabalhando com um patamar mais baixo de preço, se ajustando para os próximos anos”, observa Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos.
Com isso, a empresa pretende se tornar mais eficiente e reforçar os investimentos em infraestrutura – que tem respondido por entre 20% e 25% de seu orçamento.
Ambev (ABEV3): +5,98%
Terceiras vitoriosas da lista, as ações ON de Ambev já abriram a semana com um primeiro empurrãozinho do HSBC, que elevou a recomendação do papel de venda para manutenção, com preço-alvo de R$ 12.
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Na quinta (17), a ajuda veio da Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição (Confenar), que reúne 110 revendas da empresa e responde por cerca de 30% da distribuição da cervejaria no Brasil. Ela relatou crescimento de 8,2% nas vendas no acumulado do ano até agosto.
No mês passado, as vendas das distribuidoras cresceram 35% em relação ao mesmo mês de 2019. Segundo Mário Sérgio Peres, diretor comercial da Confenar, o principal motivo para o crescimento foi o ganho de mercado sobre concorrentes que reduziram a oferta de produtos.
*Com Estadão Conteúdo