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- Ibovespa terminou a semana em alta de 0,61%, aos 102.142,93 pontos
- As três ações que mais perderam preço na semana foram YUDQS (YDUQ3), Braskem (BRKM5) e IRB Brasil (IRBR3)
O Ibovespa encerrou a semana com valorização agregada de 0,61%, aos 102.142,93 pontos. A variação mensal, no entanto, é negativa em 0,75%.
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Na semana, o dia de maior alta foi nesta sexta-feira (28), com variação positiva de 1,51%. No pregão, o índice foi influenciado para cima com investidores aliviados pela chance de acordo entre ministro da economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro sobre as últimas parcelas do auxílio emergencial e o fôlego que a equipe econômica ganhou para discutir o Renda Brasil.
Na outra ponta, o pior pregão foi na quarta-feira (26), com desvalorização de 1,46%, após um dia marcado pelo conflito entre Bolsonaro e Guedes, que aumentou as preocupações dos investidores sobre os desdobramentos a respeito de um eventual descontrole das contas públicas.
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Apesar da semana positiva, algumas ações apresentarem desempenho negativo no período. As ações com as maiores baixas foram YUDQS (YDUQ3), Braskem (BRKM5) e IRB Brasil (IRBR3).
Confira a seguir o que influenciou o desempenho desses três papéis.
YUDQS (YDUQ3): -14,58%
Com desvalorização de 14,58%, as ações da empresa encerraram a semana com a maior baixa do período, cotadas a R$ 27,60. O papel da companhia foi penalizado com a expectativa e a divulgação de seu balanço referente ao 2T20, na quarta-feira (26).
Os resultados apresentados mostraram o forte impacto que a pandemia da covid-19 teve no setor de educação. “A inadimplência e a evasão foram duas coisas que chamaram muito a atenção”, disse Igor Cavaca, analista da Warren, ao Broadcast.
No mês, as ações da empresa têm desvalorização de 18,56% e no ano de 40,80%.
Braskem (BRKM5): -9,09%
Com baixa de 9,09%, os papéis da companhia encerraram a semana com a segunda maior desvalorização, cotadas a R$ 21,99. O papel foi prejudicado pelos problemas na justiça da petroquímica no Brasil, México e EUA.
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No País, os problemas relacionados ao incidente em Alagoas ganhou força no noticiário e preocupou os investidores. “O que estava acomodado de repente pode ter um novo capítulo”, afirmou Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, ao Broadcast.
No México, sua subsidiária, Braskem Idesa, teve um acordo de fornecimento de etanol à Pemex, petroleira estatal daquele país, firmado em 2010. Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, disse que o contrato foi “um roubo” à Pemex.
“O risco seria de alguma ação judicial contra a companhia, que poderia trazer prejuízos, como com o pagamento de compensações. Isso impactaria os resultados da Braskem”, apontou Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, ao Broadcast.
Já no país norte-americano, a companhia enfrenta uma class action (ação coletiva). No processo, a empresa e seus executivos são acusados de não terem informado aos acionistas sobre a extensão dos problemas ocorridos em Alagoas.
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“Normalmente, essas requisições terminam em acordo. É possível que a companhia, que luta para conseguir demonstrar ao mercado que consegue gerar caixa, se depare com um novo passivo”, comentou Arbetman, ao Broadcast.
No mês, as ações da empresa têm desvalorização de 3,55% e no ano de 26,33%.
IRB Brasil (IRBR3): -8,65%
Com variação negativa de 8,65%, as ações da empresa fecharam o top 3 das maiores baixas da semana, cotadas a R$ 7,50. Mantendo a alta volatilidade do ano, os papéis da companhia apresentaram fraco desempenho no período pela expectativa do seu balanço do 2T20, que foi divulgado nesta sexta-feira (28) depois do fechamento do mercado.
Ao Broadcast, um operador que não quis se identificar, disse que os investidores já estão se preparando para números potencialmente ruins.
No mês, as ações da empresa têm desvalorização de 4,34% e no ano de 80,43%.
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*Com Estadão Conteúdo