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Por que IRBR3, BPAC11 e COGN3 tiveram os melhores desempenhos do dia na Bolsa

BTG e Cogna também foram destaques com desempenho na contramão do Ibovespa

Por que IRBR3, BPAC11 e COGN3 tiveram os melhores desempenhos do dia na Bolsa
(Foto: Aline Bronzati/Estadão Conteúdo)
  • O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (22) em baixa de 1,28%, aos 95.335,96 pontos
  • As três ações que mais ganharam preço no dia foram IRB Brasil (IRBR3), BTG Pactual (BPAC11) e Cogna (COGN3)

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (22) em baixa de 1,28%, aos 95.335 pontos, e teve giro financeiro de R$ 22,9 bilhões. Apesar de o índice ter operado em queda durante a maior parte da manhã, houve uma continuidade do movimento de busca por papéis que foram penalizados mais fortemente pela covid-19, o que beneficiou ações de construtoras como MRV e Even.

Também no índice e fora dele, as empresas de saneamento tinham desempenho positivo com a expectativa pela votação do novo marco legal do setor, marcada para quarta-feira. Destaque ainda para os frigoríficos, que recuaram com o investidor de olho em movimentos da China em termos de fiscalização sanitária.

As três ações que mais ganharam preço no dia foram IRB Brasil (IRBR3), BTG Pactual (BPAC11) e Cogna (COGN3).

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Confira o que influenciou o desempenho desses três papéis.

IRB Brasil (IRBR3): +16,46%

O ressegurador IRB Brasil mantive o movimento de forte avanço registrado desde a abertura e disparou durante a tarde, encerrando o dia com alta 16,46%, maior do Ibovespa, mesmo sem um noticiário específico sobre a companhia.

Um operador do mercado afirma que a alta volatilidade nos papéis da empresa, que acumulam avanço de 45,78% no mês e queda de 68,93% no ano após o fechamento desta segunda-feira, deve continuar até a divulgação dos dados financeiros do primeiro trimestre deste ano, remarcada para o próximo dia 29. “Ninguém sabe o tamanho do buraco que tem lá, o IRB pode estar gerando caixa, mas enquanto não sair esse balanço ninguém sabe do que estamos falando”, afirma.

Na última semana, o IRB anunciou que vai recorrer da decisão da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que o IRB comprove capacidade de ressarcimento de R$ 1 bilhão em prejuízos causados a investidores.

BTG Pactual (BPAC11): +5,54%

As Units do banco subiram ainda na parte da manhã e depois chegaram a cair, com uma pressão técnica após o anúncio de oferta subsequente (follow on) da companhia, que pode captar até R$ 2,565 bilhões. O viés positivo, porém, acabou prevalecendo.

Márcio Gomes, analista da Necton Investimentos, aponta que, mesmo com o follow on pressionando inicialmente os papéis da companhia, os investidores espelham o desempenho do BTG na XP Investimentos. “A XP Inc está indo muito bem lá fora e o que temos mais próximo aqui é o BTG, então o mercado está acompanhando a valorização”, avalia. Os papéis da XP em Nasdaq acumulam alta de 22,62% neste ano e de 54,28% neste mês.

Junqueira, da Gauss, ressaltou a pretensão do banco de reforçar operações em um momento positivo para a renda variável. “Há um mês e meio, não imaginávamos que veríamos novas ofertas tão cedo. É realmente algo para se impressionar”, disse.

Cogna (COGN3): +4,75%

Em relatório, o BTG Pactual considerou que a empresa enfrenta um cenário desafiador com a covid-19, mas que o segmento de educação básica pode “salvar o dia” ao final de 2020. Além disso, para o banco, que manteve recomendação de compra para a ação, o mercado não precifica a possibilidade de um IPO da Vasta nos EUA, anunciado no ano passado, mas que ainda não ocorreu por conta da pandemia.

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