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- O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações da Cemig (CMIG4) e da Eneva (ENEV4) para Neutro
- Já a Copel (CPLE6) foi elevada para 'Outperform' (equivalente à Compra), considerando a potencial privatização da empresa
- A recomendação 'Outperform' (equivalente à Compra) para a Copel considera um preço-alvo de R$ 11,00 para o final de 2023
O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações da Cemig (CMIG4) e da Eneva (ENEV4) para neutro. O banco considera que a Cemig deve ter uma redução no fluxo de caixa com receitas de spread da Tarifa do Uso de Sistema de Distribuição (TUSD) mais baixas, por conta da revenda de volumes renováveis menores, enquanto a Eneva deve demorar um pouco mais para anunciar novas fusões e aquisições devido a um ambiente de alta de juros prevalecente no Brasil. Já a Copel (CPLE6) foi elevada para “outperform” (equivalente à compra), considerando a potencial privatização da empresa.
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O preço-alvo para Cemig foi cortado de R$ 15,00 para R$ 14,00 para o final de 2023, o que representa um potencial de valorização de 26,35% (PN) ante o último fechamento. A projeção do Bradesco BBI sobre uma redução no fluxo de caixa considera as mudanças no guidance (metas) divulgadas no balanço energético do terceiro trimestre de 2022, com a Cemig reduzindo a quantidade de energia renovável comprada nos últimos anos, mas aumentando as compras de suprimento convencional.
“Com relação à privatização, como já dissemos, não contamos com isso para a Cemig e esperamos que Minas Gerais primeiro venda a Codemig e depois as concessionárias Copasa e Gasmig. Esta última beneficiaria a Cemig (dona de 100% da Gasmig), mas uma discussão efetiva pode ser adiada até 2024”, afirmam Francisco Navarrete, João Fagundes e André Silveira, em relatório.
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O rebaixamento da Eneva para neutro é acompanhado de um novo preço-alvo de R$ 15,00 para o fim de 2023, o que representa um potencial de alta de 23,05% ante o fechamento de sexta-feira (9), e se dá também pelo fato de a empresa ter um ND/Ebitda (dívida líquida sobre lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortização) de aproximadamente 4,2 vezes o ano fiscal de 2023.
A recomendação outperform para a Copel considera um preço-alvo de R$ 11,00 para o final de 2023, um potencial de alta de 42,85% ante o último fechamento, e a potencial privatização da empresa. “O próximo passo antes da privatização de fato é a aprovação do modelo de desinvestimento do Estado e do preço mínimo pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que pode ser feito para privatizar efetivamente a Copel até outubro de 2023”, comentam os analistas, destacando que, no preço atual, a relação risco/recompensa parece bastante atraente: como um companhia privada, o valor justo Copel seria cerca de R$ 10,50 (aumento de 36%); como estatal, a estimativa é de R$ 6,70 (14% de queda).
O Bradesco BBI ainda manteve recomendação outperform para a Eletrobras (ELET6), mencionando “vários outros pontos positivos para a tese de investimentos da Eletrobras”, como: Ebitda ajustado para 2023/2024 deve crescer 33% na comparação anual, segundo novas estimativas do banco; a administração da Eletrobras espera atingir níveis operacionais de empresa privada até o final de 2023; as negociações para pagar o empréstimos compulsório com algum haircut (o cenário-base do mercado é sem redução); e as negociações para quitar a dívida de Amazonas podem avançar em 2023.