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![FIDC deve alavancar estrutura de capital da companhia (Foto: Márcio Fernandes/ Estadão)](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/02/casas-bahia-bhia3-1-201220240102_140220253152-710x473.webp)
A Casas Bahia (BHIA3) anunciou, nesta sexta-feira (14), o início das operações do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da companhia. Esse FIDC foi estruturado para otimizar a operação de crediário da varejista e ampliar a capacidade de financiamento. O aporte inicial é de R$ 300 milhões, mas a projeção é de que alcance até R$ 500 milhões nos próximos meses.
A iniciativa faz parte das estratégias do “Plano de Transformação” da companhia, divulgado em agosto de 2023. Segundo a Casas Bahia, o fundo é uma das principais alavancas da nova estrutura de capital da companhia, já que deve permitir maior acesso ao mercado de capitais “por meio de um portfólio de crédito de alta qualidade e risco pulverizado”. A expansão da modalidade de crediário, quando é feito um empréstimo para a compra de um produto, é um dos principais objetivos da empresa.
“O FDIC é um pilar essencial do nosso Plano de Transformação e sua concretização fortalece nossa vantagem competitiva tanto no varejo quanto na oferta de crédito. Com essa iniciativa, ampliamos e diversificamos nosso ‘funding’, garantindo mais robustez à operação de crediário”, afirma Elcio Ito, CFO do Grupo Casas Bahia. O fundo foi batizado de “Grupo Casas Bahia Fundo de Investimento em Direitos Creditório” e terá, inicialmente, cotas seniores, com prioridade no recebimento de resgates e amortizações, e subordinadas, que não possuem essa prioridade.
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As ações BHIA3 chegaram a cair durante a manhã, mas invertera a tendência neste início de tarde. Até às 12h45 subiam 1,01%, aos R$ 2,99.
FIDC da Casas Bahia: a última parte do plano
A Genial Investimentos aponta que o lançamento do FIDC era a última parte do plano de reestruturação da Casas Bahia e que a operação é um “gatilho” importante para a tese de investimentos na varejista. Até então, a empresa utilizava captações de CDCI (financiamento para empresas venderam a prazo a clientes) com bancos parceiros, a uma taxa pré-fixada de 18,3%.
Com o fundo, até o final de 2025 a carteira de crédito pode expandir para R$ 7,3 bilhões. “Devemos ver impactos relevantes somente ao longo do 2º trimestre, com a aceleração dessa carteira de crédito dando impulsionando as vendas em lojas físicas e digital, diluindo as despesas fixas da companhia”, afirma a casa. Ainda assim, a Genial segue com recomendação de venda para BHIA3, que apesar de apresentar melhoras nos últimos meses, ainda atravessa um momento delicado. No 3º trimestre de 2024, a varejista apresentou prejuízo líquido de R$ 369 milhões, resultado 55% melhor do que no mesmo período do ano passado. Agora, os investidores devem seguir atentos ao impacto do FIDC nos números da empresa.